domingo, 26 de abril de 2009

CAI A FARSA ARMADA PELA FOLHA DE SÃO PAULO

CAI A FARSA ARMADA PELA FOLHA DE SÃO PAULO
Apesar de com um atraso injustificável, a Folha reconhece que errou (para mim, montou uma farsa) ao divulgar uma ficha falsa da ministra Dilma Roussef. Foi uma farsa, pois não se admite um jornal de circulação nacional, não averiguar a veracidade de uma informação que chega a sua redação. Divulgar qualquer mentira que chega ao jornal, é de um amadorismo que não condiz com a história da "Folha", por isso que cheira mais a uma armação com endereço certo, que era atingir a ministra e beneficiar a candidatura do Serra. A Folha de São Paulo está se distanciando cada vez mais do jornalismo sério e indo rumo ao esgoto.

PPS "UM PARTIDO CAPANGA"

PPS "UM PARTIDO CAPANGA"
O programa político do PPS é um atentado à inteligência. Nela, o deputado Jungmann (envolvido em escândalos e reebeu doação de um sócio do Daniel Dantas) diz que o governo federal irá fazer com a poupança, o que o Collor fez. Sabemos que o governo não irá confiscar a poupança como fez o Collor, até porque isto é incosntitucional),então o deputado mente descaradamente, e mais, faz um terrorismo com a população brasileira. Mente mais ainda e tenta nos fazer de idiotas, quando todos vimos o que ele falou no programa do seu partido e ele em entrevista diz que não disse. Uma agressão a nossa inteligência. O PPS há muito é um partido que age como capanga dos tucanos, faz o trabalho mais sujo.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O SERRA ESTÁ DANDO UM TIRO NO PÉ

O SERRA ESTÁ DANDO UM TIRO NO PÉ
O Serra está dando um tiro no pé ao afirmar que não irá aderir ao programa "Minha Casa, Minha Vida", lançado pelo governo Lula, onde beneficiará 1 milhão de pessoas. Quem sofrerá as consequências é a população carente de São Paulo e esta cobrará com certeza da atitude do governador, visando seu interesse político, ao tentar desqualificar o programa de habitação do governo federal. É esperar para ver.

PROFESSOR DALLARI E GILMAR MENDES

PROFESSOR DALLARI E GILMAR MENDES
"Se essa indicação vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”. E lembrou que Gilmar recomendara ao Poder Executivo desrespeitar decisões judiciais". Esta declaração foi dada pelo Professor e Jurista Dalmo Dallari quando da indicação do Gilmar Mendes para o Supremo por Fernando Henrique. Como podemos confirmar hoje, o professor tinha razão. Aproveito para parabenizar o Ministro Joaquim Barbosa por ter dito ao Gilmar Mendes o que o Brasil inteiro gostaria de dizer.

terça-feira, 14 de abril de 2009

PÉROLAS DAS PROPOSIÇÕES DO SENADOR ARTUR VIRGÍLIO
Publicado no site do Senado, em atividade legislativa, como atuaram os senadores. Cerca de 25% das proposições são verdadeiras inutilidades para os interesses do povo. O campeão de baboseiras é o "atuante"(?) senador do PSDB Artur Virgilio, uma verdadeira piada, vejam abaixo algumas das pérolas proposta pelo senador do PSDB Artur Virgílio:
Tipo: RQS
Autor: Senador Arthur Virgílio
Tipo de Matéria
Quantidade
RQS - REQUERIMENTO
2329
Total
2329
SF RQS 57/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requerem, nos termos do art. 218 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE PESAR pelo falecimento da professora GEMINIANA BULCÃO BRINGEL, ocorrido no dia 14 de janeiro de 2009, em Parintins-AM. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 58/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 218 do Regimento Interno Senado Federal, VOTO DE PESAR pelo falecimento do jornalista e advogado AYRTON PINHEIRO DE ALMEIDA, ocorrido no dia 29 de janeiro de 2009, em Brasília-DF. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 59/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 222 do Regimento Interno do Senado Federal, e ouvido o Plenário, seja consignado nos anais da Casa VOTO DE PESAR pelo falecimento do Engenheiro JOÃO AUGUSTO CONRADO DO AMARAL GURGEL, ocorrido em 30 de janeiro de 2009. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 60/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 218 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE PESAR pelo falecimento do jornalista e advogado EDÍSIO GOMES DE MATOS, ocorrido no dia 09 de janeiro de 2009, em Braília-DF. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 61/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 218 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE PESAR pela morte de passageiros e tripulantes do avião Bandeirante, da Manaus Táxi Aéreo, que caiu no Rio Manacapuru, Amazonas, dia 7 de fevereiro de 2009. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 62/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 222 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE APLAUSO a KARENZ JONZ, pela conquista do bicampeonato mundial feminino de skate vertical. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 63/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 222 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE APLAUSO ao jornal semanário GAZETA DO RIO PARDO, da cidade de São José do Rio Pardo - SP, por haver completado seu centenário de fundação no dia 3 de janeiro de 2009. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 64/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 222 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE APLAUSO ao DESEMBARGADOR MANOEL ALBERTO REBELO DOS SANTOS, pela sua posse, em 3 de fevereiro de 2009, no cargo de Diretor-Geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 65/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 222 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE APLAUSO à DESEMBARGADORA VALÉRIA GARCIA DA SILVA MARON, pela sua posse, em 3 de fevereiro de 2009, no cargo de Terceira Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 66/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 222 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE APLAUSO ao DESEMBARGADOR PAULO ROBERTO LEITE VENTURA, pela sua posse, em 3 de fevereiro de 2009, no cargo de Segundo Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 67/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 222 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE APLAUSO ao DESEMBARGADOR ANTONIO EDUARDO FERREIRA DUARTE, pela sua posse, em 3 de fevereiro de 2009, no cargo de Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 68/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termo do art. 222 do Regimento Interno do Seando Federal, VOTO DE APLAUSO ao DESEMBARGADOR ROBERTO WIDER, pela sua posse, em 3 de fevereiro de 2009, no cargo de Corregedor-Geral de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 69/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos doart. 222 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE APLAUSO ao DESEMBARGADOR LUIZ ZVEITER, pela sua posse, em 3 de fevereiro de 2009, na Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 70/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, de acordo com o art. 216 do Regimento Interno do Senado Federal, combinado com o que dispõe o art. 50, § 2º, da Constituição Federal, informações ao Ministro dos Transportes acerca da anunciada construção do Porto de Itacoatiara - AM e de projetos de portos em outras cidades do Amazonas. Autor: Arthur Virgílio
SF RQS 73/2009 de 10/02/2009 Ementa: Requer, nos termos do art. 222 do Regimento Interno do Senado Federal, VOTO DE APLAUSO ao doutorando em Sociologia MARCELO SERÁFICO, pela defesa, em janeiro, na UFRS, de tese academica sobre a Zona Franca de Manaus. Autor: Arthur Virgílio

domingo, 12 de abril de 2009

A DESMORALIZAÇÃO DA CPI DOS GRAMPOS E O LAMAÇAL DA VEJA
Hoje, no blog do Azenha, "Vi o Mundo", ele fez comentários brilhantes e que servem para desbaratar os interesses escusos da revista Veja, na cpi dos grampos, ou seja, na defesa dos interesses do Daniel Dantas. Leiam abaixo os comentários ou vão direto ao Blog "Vi o Mundo" do excelente jornalista Azenha:
Eu, Azenha, observo:
Visando dar cobertura à sua atuação em defesa dos interesses do banqueiro Daniel Dantas, a revista "Veja" agora diz que ele é "ex-banqueiro" e se refere a Dantas como "criminoso". Tudo bem, desde que os reais interesses de Dantas sejam preservados: a anulação da Satiagraha, comprometida pelo "festival de abusos, trapalhadas e ilegalidades" de Protógenes, que a revista define como "bipolar" e "lisérgico", ou seja, sob efeito de LSD.
"Espera-se que a PF consiga dar à Satiagraha um mínimo de lógica", pede a revista. Ora, se ela é fruto de um bipolar lisérgico, como é que poderia ter lógica? Se não tem lógica, como é que se sustenta nos tribunais?
O delegado Amaro Vieira Neto, que investiga Protógenes por vazamento de informações e interceptação ilegal, já produziu um relatório que incrimina o colega e será um poderoso "argumento" nas mãos dos advogados de Dantas.
A revista se refere a Protógenes como "talentoso Ripley", justamente a alcunha que a revista CartaCapital deu ao blogueiro Reinaldo Azevedo, de Veja, um dos mosqueteiros que atuam em defesa de Gilmar Mendes e acusando Protógenes. E usa "ínclitos" para se referir a uma suposta bancada de defesa de Protógenes no Congresso. "Ínclito" é como Paulo Henrique Amorim se refere a Protógenes.
Notem que a revista inclui na suposta bancada de defesa de Dantas apenas os deputados aos quais pode imputar alguma acusação. Não menciona Chico Alencar, do PSOL, nem o senador Pedro Simon, do PMDB, por exemplo. E se refere a uma "claque" de Protógenes, como se fosse uma torcida organizada por interesses escusos.
A partir disso é possível concluir:
1) Que a "Veja" teme a claque de Protógenes, ainda que ela caiba em uma Kombi;
2) Que a internet está fazendo efeito para romper a defesa do banqueiro assumida pela mídia corporativa;
3) Que Protógenes agrega, agora, um apoio parlamentar superior ao que agregava há algumas semanas.
O texto da revista volta a fazer uma série de acusações contra o delegado sem apresentar as provas. O fato de que ele tem o número do telefone de alguém na memória do computador não significa absolutamente nada. Pela lógica de Veja, a apreensão dos discos duros dos computadores da revista revelariam uma imensa conspiração da Abril para buscar informações e chantagear o Brasil.
Essa é uma prova que eu faço questão de ouvir: o áudio de um grampo ilegal que tenha sido feito pelo delegado Protógenes ou um dos agentes da Polícia Federal ou da Agência Brasileira de Informações (ABIN) e que tenha sido incluído na Satiagraha. O resto é cortina de fumaça.
*****
Mas o texto da Veja é mais revelador pelo que não noticiou.
Para uma revista que se mostra tão interessada pelo conteúdo do computador de Protógenes, a ponto de divulgar até mesmo um texto de caráter pessoal que seria de autoria do delegado, é curioso que Veja nada tenha mencionado do relatório atribuído ao delegado sobre as relações de Daniel Dantas com a mídia.
De acordo com o relatório, baseado em escutas telefônicas legais:
1) Naji Nahas pagou 50 mil reais em dinheiro, num envelope, ao jornalista Roberto D'Ávila, namorado da juíza Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal, aquela que havia impedido o acesso da Polícia Federal ao conteúdo de um disco rígido do banco Opportunity -- o mesmo que depois daria origem à Operação Satiagraha.
2) Naji Nahas, em conversa com uma pessoa de nome Sergio, diz que o colunista Diogo Mainardi, de Veja, "está a serviço do Daniel". Na mesma conversa, Sergio diz que Lauro Jardim, de Veja, "é aliado".
3) Daniel Dantas tem uma conversa com uma jornalista não identificada, à qual diz que "o Diogo afirmou na segunda-feira que não vai continuar". O banqueiro também sugere à jornalista fazer "um arremate elegante e sair do assunto". Tudo indica que ele se referia à ex-repórter da Folha de S. Paulo, Janaina Leite, que esteve envolvida em uma polêmica com Luís Nassif pela internet. Em sua série sobre a revista Veja, Nassif sustenta que a jornalista, quando ainda trabalhava no jornal, prestou serviços aos interesses de Daniel Dantas. Ela nega.
Os grampos legais da operação Satiagraha pegaram conversas de Dantas com jornalistas. Em algumas existe referência a MNI, de mulher não identificada. Em um terceiro, Janaína Leite é identificada. Num dos grampos legais ela aparentemente avisa Dantas que já se livrou da polêmica com Nassif.
Todos esses grampos, legais, a gente gostaria de ouvir no Jornal Nacional -- acompanhados pelas devidas explicações de Naji Nahas e de todos os outros citados, para que não pairem dúvidas.
Veja também não se refere às investigações da Polícia Federal que não descobriram, até agora, nenhum indício físico da existência de grampo de conversa telefônica entre o presidente do STF, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres. É o tal "grampo sem áudio", que serviu de base para o afastamento do delegado Paulo Lacerda da ABIN.
Ou seja: foi uma reportagem de Veja, sem provas, que deu origem à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas; outra, sem provas, que provocou o afastamento de Paulo Lacerda; e uma terceira, até agora sem provas, que prorrogou o funcionamento da CPI.
Há indicios materias mais fortes de que jornalistas de Veja e da Folha de S. Paulo favoreceram os interesses do banqueiro Daniel Dantas do que indícios materiais de que o delegado Protógenes ou o ex-diretor da ABIN, Paulo Lacerda, tenham cometido ilegalidades.
Finalmente, a revista Veja simplesmente fez que não ouviu o depoimento completo do delegado Protógenes Queiroz, em que ele sugeriu que a CPI analise os documentos que a Kroll produziu supostamente a serviço de Daniel Dantas.
Eu diria que Protógenes esnucou a CPI: o material existe e não está protegido por segredo de Justiça. Se a CPI se dedica a investigar escutas clandestinas, por que deixaria de analisar esse material para determinar se, de fato, a Kroll fez ou não grampos ilegais?
Desconfio que a CPI vai dar um jeito de acabar sem ouvir novamente Daniel Dantas, nem Paulo Lacerda. E sem ir atrás do que podem ser provas relacionadas ao objeto da existência da CPI: grampos ilegais. A Kroll grampeou ilegalmente? Fez isso a pedido do banqueiro? Se a CPI não for atrás dos documentos da Kroll, ficará provado que ela existiu com o objetivo apenas de promover os interesses de Daniel Dantas.
*****
Essa novela ainda tem muito a oferecer. Eu quero saber, por exemplo:
1) Qual é o conteúdo dos arquivos apreendidos na casa de Daniel Dantas e que foram enviados à polícia dos Estados Unidos?
2) Qual era o nexo entre Daniel Dantas e Naji Nahas? Eles de fato atuavam em conjunto? Qual o objetivo?
3) Dantas saiu da telefonia e transferiu os negócios para o setor agropecuário e de mineração. Que tipo de influência ele está exercendo nos bastidores do Congresso e do estado brasileiro com o objetivo de fazer avançar os seus interesses? Ele faz algum lobby para moldar a legislação que abrirá as reservas indígenas à mineração?
4) Quais são, se existem, os interesses comerciais comuns de Dantas com empresários da comunicação no Brasil? É uma relação de patrocinador-patrocinado? Ou de sociedade em negócios?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

MOVIMENTO DE COMBATE A CORRUPÇÃO ELEITORAL
Para conhecimento de todos, os números da corrupção no Brasil. Podemos ver que o campeão da corrupção é o DEM do "paladino da ética e da moral" e financiado pela Camargo Correia, José Agripino do RN. Os números foram apresentados pelo Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) - Lei 9840.
Pesquisa do MCCE mostra resultados da Lei 9840
Número de cassados desde 2000, processos em andamento e ranking dos partidos são os destaques

A pesquisa "Políticos Cassados por Corrupção Eleitoral", elaborada pelo MCCE, e divulgada hoje (04/10), no auditório da CNBB, em Brasília, comprova a eficácia da Lei 9840. Os números divulgados chamam a atenção; desde 2000, ano da primeira eleição em que foi aplicada a Lei 9840, foram 623 políticos cassados pela Justiça Eleitoral.

Segundo o juiz eleitoral Márlon Reis, presidente da Associação Brasileira de Magistrados Procuradores e Promotores Eleitorais (Abramppe) e autor da pesquisa, a necessidade de o MCCE avaliar os resultados da aplicação da Lei impulsionou o Movimento a conhecer os casos de cassação de mandatos por captação ilícita de votos e uso eleitoral da máquina administrativa.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirmou que a Lei 9840 deveria ser uma norma paradigma para o País. "Isso em função de sua origem, por ter nascido a partir da iniciativa popular, de seu objetivo, o de combater a corrupção eleitoral e o abuso de poder econômico, e em função de sua eficácia".
Walter Nunes Júnior, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), destacou que a história do judiciário eleitoral no país se divide entre antes e depois da Lei 9840, que constitui um marco no combate à corrupção. "Esse estudo serve para avaliar a eficácia desse instrumento, que foi uma iniciativa popular e que representa um patrimônio da sociedade". Ele disse ainda que o resultado da pesquisa não mostra que a corrupção aumentou e sim que há mais investigações. Para o bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo e representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Pedro Luiz Stringhini, a Lei 9840 é importante, principalmente, por ser um projeto de iniciativa popular. "A decisão de se utilizar esse instrumento tem o objetivo pedagógico de pôr fim à prática de compra de votos, largamente aceita pelo eleitorado. Todo o processo de coleta de assinaturas e a campanha de conscientização sobre o valor do voto mudaram de certa forma, essa cultura". Walter Nunes Júnior, presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), destacou que a história do judiciário eleitoral no país se divide entre antes e depois da Lei 9840, que constitui um marco no combate à corrupção. "Esse estudo serve para avaliar a eficácia desse instrumento, que foi uma iniciativa popular e que representa um patrimônio da sociedade". Ele disse ainda que o resultado da pesquisa não mostra que a corrupção aumentou e sim que há mais investigações.

Para o bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo e representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Pedro Luiz Stringhini, a Lei 9840 é importante, principalmente, por ser um projeto de iniciativa popular. "A decisão de se utilizar esse instrumento tem o objetivo pedagógico de pôr fim à prática de compra de votos, largamente aceita pelo eleitorado. Todo o processo de coleta de assinaturas e a campanha de conscientização sobre o valor do voto mudaram de certa forma, essa cultura".

Os números

Há casos em que alguns dos políticos cassados obtiveram liminares e por isso permanecem no cargo, estes foram incluídos na lista. "A liminar suspende a execução da decisão, mas não a revoga. Estes políticos continuam nos cargos até que os recursos sejam analisados, contudo, dificilmente conseguem mudar a decisão", explica Reis. \ No total de 623 cassações, quatro são de governadores e vice-governadores (Flamarion Portela, de Roraima, e Cássio Cunha Lima, da Paraíba, este último ainda exerce o cargo através de uma liminar concedida pelo TSE), seis senadores e suplentes, oito deputados federais, 13 deputados estaduais, 508 prefeitos e vice-prefeitos, além de 84 vereadores. Este número pode aumentar consideravelmente, já que ainda tramitam na Justiça 1.100 processos com pedidos de cassação de mandatos, referentes às últimas eleições. Esse foi outro dado inédito divulgado pelo MCCE. "Um dos problemas é a demora no julgamento desses processos, pois tanto os políticos inocentes ficam com o peso da acusação durante todo o mandato, quanto aqueles que são culpados cumprem o mandato quase na sua totalidade", disse Reis. A classificação por estado coloca Minas Gerais no topo do ranking, com 71, ou 11,39% do total de cassados. Em seguida, vem o Rio Grande do Norte com 60 cassações (9,23%), São Paulo com 55 cassações (8,82%) e Bahia com uma cassação a menos e 8,66% do total. No outro extremo estão o Acre e o Distrito Federal com o menor número de cassações, uma, ou 0,16%. Há casos em que alguns dos políticos cassados obtiveram liminares e por isso permanecem no cargo, estes foram incluídos na lista. "A liminar suspende a execução da decisão, mas não a revoga. Estes políticos continuam nos cargos até que os recursos sejam analisados, contudo, dificilmente conseguem mudar a decisão", explica Reis.

No total de 623 cassações, quatro são de governadores e vice-governadores (Flamarion Portela, de Roraima, e Cássio Cunha Lima, da Paraíba, este último ainda exerce o cargo através de uma liminar concedida pelo TSE), seis senadores e suplentes, oito deputados federais, 13 deputados estaduais, 508 prefeitos e vice-prefeitos, além de 84 vereadores.

Este número pode aumentar consideravelmente, já que ainda tramitam na Justiça 1.100 processos com pedidos de cassação de mandatos, referentes às últimas eleições. Esse foi outro dado inédito divulgado pelo MCCE. "Um dos problemas é a demora no julgamento desses processos, pois tanto os políticos inocentes ficam com o peso da acusação durante todo o mandato, quanto aqueles que são culpados cumprem o mandato quase na sua totalidade", disse Reis.

A classificação por estado coloca Minas Gerais no topo do ranking, com 71, ou 11,39% do total de cassados. Em seguida, vem o Rio Grande do Norte com 60 cassações (9,23%), São Paulo com 55 cassações (8,82%) e Bahia com uma cassação a menos e 8,66% do total. No outro extremo estão o Acre e o Distrito Federal com o menor número de cassações, uma, ou 0,16%.
Por partidos, as cassações são lideradas pelo Democratas (ex-PFL), com 69 casos, ou 20,4% do total. O PMDB aparece em segundo lugar, com 66 casos, ou 19,5%, enquanto o PSDB é o terceiro, com 58 ocorrências, ou 17,1% dos casos. Ao todo, foram 21 partidos citados. Ainda estão na lista o PP, em quarto, com 26 casos, ou 7,7% do total, o PTB, em seguida, com 24 casos, ou 7,1% e o PDT, com 23 ocorrências, ou 6,8%. O PT ocupa a décima posição com dez cassações, o que representa 2,9% do total. Além dos entrevistados, estiveram presentes representantes de várias entidades do Comitê Nacional do MCCE, como: Carlos Alves Moura (CBJP/CNBB), Jovita José Rosa (Unasus), José Magalhães de Sousa (Cáritas Brasileira), Antonio César Cavalcante Júnior (CFF), Carlos Alonso e Miguel Madeira (Confea), Olympio Távora Corrêa (CNS), Robson Costa Pereira (Criscor), Ivônio Barros (Ibase), Mônica Mafra (Conamp), Edlamar Batista (Conam), Lisandra Arantes (Abong), Eduardo Silva (IFC). \ Assessoria de Comunicação - Comitê Nacional .

Por partidos, as cassações são lideradas pelo Democratas (ex-PFL), com 69 casos, ou 20,4% do total. O PMDB aparece em segundo lugar, com 66 casos, ou 19,5%, enquanto o PSDB é o terceiro, com 58 ocorrências, ou 17,1% dos casos. Ao todo, foram 21 partidos citados. Ainda estão na lista o PP, em quarto, com 26 casos, ou 7,7% do total, o PTB, em seguida, com 24 casos, ou 7,1% e o PDT, com 23 ocorrências, ou 6,8%. O PT ocupa a décima posição com dez cassações, o que representa 2,9% do total.

Além dos entrevistados, estiveram presentes representantes de várias entidades do Comitê Nacional do MCCE, como: Carlos Alves Moura (CBJP/CNBB), Jovita José Rosa (Unasus), José Magalhães de Sousa (Cáritas Brasileira), Antonio César Cavalcante Júnior (CFF), Carlos Alonso e Miguel Madeira (Confea), Olympio Távora Corrêa (CNS), Robson Costa Pereira (Criscor), Ivônio Barros (Ibase), Mônica Mafra (Conamp), Edlamar Batista (Conam), Lisandra Arantes (Abong), Eduardo Silva (IFC).


Assessoria de Comunicação - Comitê NacionalMovimento de Combate à Corrupção Eleitoral

quarta-feira, 8 de abril de 2009

OLHE PARA BRASÍLIA, NÃO PARA PEQUIM

OLHE PARA BRASÍLIA, NÃO PARA PEQUIM
Para quem ainda duvida das mudanças alcançadas pelo Brasil durante o governo Lula, leiam abaixo, publicado no "Wall Street Journal" e traduzido no Blog do Azenha:
Olhe para Brasília, não para Pequim**7 de abril de 2009
por Bruce Gilley*, no Wall Street Journal Asia
Ameaças à ordem liberal global são normalmente identificadas com estados não-liberais. É por isso que a China, com seu regime doméstico repressivo e sua política externa maleável (a não ser quando relacionada com os Estados Unidos) atrai tanta atenção nos dias atuais.Mas um desafio mais determinado à atual ordem mundial pode estar emergindo de um supreendente trio de países que têm credenciais democráticas ao mesmo tempo impecáveis e um sério peso global. Eles são a Índia, o Brasil e a África do Sul -- e sua pouco notada experiência em coordenação de política externa desde 2003. Ela visa promover mudanças sutis mas profundas no sistema internacional com potencial para deixar o medo da ascensão da China na poeira da história.
A quase-aliança desses três poderes tem sérias implicações para o sistema internacional e seu maior gerenciador, os Estados Unidos, dependendo de como esse desafio é enfrentado. Mas uma implicação igualmente importante, ainda que não planejada, é a sabotagem das ambições chinesas. Ao roubar da China o discurso de que representa os países em desenvolvimento, esse novo trio poderia suplantar a China nos debates de questões internacionais. Isso pode ser boa notícia para a reforma doméstica na China, que faz tempo é boicotada pela ambições de grande potência do país.
A origem do Forum de Diálogo India-Brasil-África do Sul se deu na busca da África do Sul por novos aliados mais identificados com seus interesses e idéias depois do fim do apartheid em 1994. O ímpeto imediato veio do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que sugeriu um esquema formal de cooperação no início de 2003. Em junho daquele ano, os ministros de relações exteriores dos três países inauguraram o grupo em Brasília, pedindo o fortalecimento de instituições internacionais para tratar de preocupações dos países em desenvolvimento em áreas como pobreza, meio ambiente e tecnologia. Desde então, de acordo com Sarah-Lea John de Sousa, do Instituto Fride, de Madrid, o trio tem conquistado apoio como "porta-voz dos países em desenvolvimento em âmbito global".O Forum marcou presença ao convencer um grupo de 21 paises em desenvolvimento a bloquear o acordo na cúpula da Organização Internacional do Comércio em Cancún por conta dos subsídios agrícolas dos países ricos. Também fez um lobby bem sucedido por mudanças nas regras da OMC sobre a produção da versão genérica de drogas contra a AIDS, a malária e a tuberculose. Mas foi além das questões de comércio para assumir posições em relação a questões de segurança internacional e reforma institucional. Além de tratar de comércio, energia e projetos de desenvolvimento, o Forum divulgou posições conjuntas sobre tudo, da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas ao processo, na Corte Internacional Criminal, contra o presidente sudanês Omar Hassan Al-Bashir.
O grupo também superou divergências sobre intervenção humanitária, direitos humanos e não-proliferação nuclear para falar com uma só voz. "Embora concebido como forum de diálogo, o grupo está rapidamente se transformando em uma parceria estratégica", escreveu Arvind Gupta, do Instituto para Estudos e Análises de Defesa da Índia em um relatório de setembro de 2008.
A China relutantemente se juntou à coalizão de Cancún. Mas desde então permaneceu fora do grupo, observando. Por três razões principais, deve manter essa posição.Primeiro, a China é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que a coloca em rota de colisão com as aspirações do Forum de expandir o conselho para refletir a posição dos países pobres. Brasil e Índia são explícitos na disputa por assentos permanentes, enquanto a África do Sul, que sob as regras da União Africana não pode disputar um lugar permanente, buscou e conseguiu um assento não-permanente pela primeira vez em 2007. A China, que fica entre sua retórica de pedir a democratização das decisões internacionais e a realidade de que sairia perdedora nesse processo, decidiu cuidar de seus próprios interesses, em detrimento de sua pretensão de representar os mal lavados.A China também difere da visão do Forum em termos da globalização. A declaração de Brasília alertou que "grande parte do mundo não se beneficiou da globalização" e pediu mudanças para manter maior poder econômico e de regulamentação nas mãos dos estados. Mas os líderes de Beijing se enxergam como beneficiários da globalização e desprezam a idéia de abraçar os chiliques esquerdistas contra o "neoliberalismo". Críticas ao mercado são uma questão delicada na China, onde um movimento neo-maoista as usa para atacar o regime. Ainda assim, a China poderia mudar sua posição sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU e a globalização no interesse da solidariedade entre os países em desenvolvimento (e no seu interesse de liderar o movimento).A terceira razão não tem a ver com o Forum e o Forum não tem como mudar isso: a China não é uma democracia. Os membros do Forum notam que são "democracias vibrantes" e Daniel Flemes, do Instituto para Estudos Globais e Regionais de Hamburgo, na Alemanha, notou em um documento de 2007 que "a identidade comum do Forum é baseada em valores como democracia, liberdades individuais e direitos humanos". Direitos humanos, sociedade civil e empoderamento social são centrais ao capital moral do grupo.
Jornais indianos anunciaram que o Irã e o Egito se mostraram interessados em entrar no grupo mas foram rejeitados, possivelmente porque os líderes do Forum sabem que a legitimidade internacional deles depende de suas credenciais democráticas. O candidato mais lógico para admissão, se o grupo expandir, é a Indonésia, outro país pobre, populoso e democrático. Somados ao Japão e seu renovado papel internacional, isso também roubaria da China o papel de representante da Ásia.
A democracia não é apenas uma das exigências do Forum; é um dos motivos para sua existência. O grupo não é uma aliança de segurança -- afinal, o Brasil e a África do Sul são críticos duros do programa nuclear da Índia. Na verdade, o Forum busca usar seus ideais democráticos para efetivamente redesenhar as Nações Unidas e outras instituições internacionais para servir melhor aos países pobres. De forma estranha, o Forum é uma comunidade de democracias do inferno -- um grupo de países com credenciais democráticas impecáveis que estão usando sua identidade comum para desafiar em vez de apoiar os interesses dos Estados Unidos.
Estudiosos de relações internacionais chamam isso de "balanceamento suave" porque, em vez de confrontar os Estados Unidos, esses países estão tentando conter e reorientar Washington. A razão pela qual isso pode funcionar é que, como democracias, esses países têm estatura moral no mundo para conquistar seus objetivos. Diplomatas indianos e brasileiros, em particular, estão entre os melhores do mundo e podem fazer avançar os interesses do Forum porque têm ideais comuns.
Onde isso deixa a China? Provavelmente considerando porque mais um século que deveria ser dela não será. Isso pode ser uma boa notícia para os reformadores domésticos na China. Eles podem argumentar que a democracia é uma pré-condição à respeitabilidade internacional. Os líderes do Forum vão se encontrar de novo no Brasil em outubro. Aqueles que acompanham as mudanças em eventos internacionais deveriam cancelar suas viagens a Pequim e tomar providências para estar no Brasil.
Mr. Gilley é professor de Ciência Política na escola de governo da Universidade Estadual de Portland e co-editor com Larry Diamond de "Political Change in China: Comparisons With Taiwan" (Lynne Rienner, 2008).

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Meus caros, como voces viram em meu post anterior (ontem) sobre a entrevista que a "Folha de São Paulo" publicou com a Ministra Dilma Roussef e que mostrei minha indignação com o tipo de jornalismo e com os propósitos que a "Folha" se destina. Pois, não menos que vinte e quatro horas, caiu a máscara e foi mostrado para o Brasil inteiro, como é rasteiro, perverso, mentiroso, sórdido e bandido, o tipo de jornalismo praticado pela "Folha de São Paulo" e por demais componentes do PIG. Em parte da entrevista com a ministra, a jornalista utiliza-se de informações de uma entrevista concedida pelo Jornalista e professor de política internacional Antonio Roberto Espinosa a esta e que por edição foi totalmente deturpada de acordo com os interesses escusos e mesquinhos deste jornaleco. Segue abaixo a carta enviada pelo Sr. Roberto, desmentindo e exigindo a reparação da reportagem:
Prezados senhores,
Chocado com a matéria publicada na edição de hoje (domingo, 5), páginas A8 a A10 deste jornal, a partir da chamada de capa “Grupo de Dilma planejou seqüestro de Delfim Neto”, e da repercussão da mesma nos blogs de vários de seus articulistas e no jornal Agora, do mesmo grupo, solicito a publicação desta carta na íntegra, sem edições ou cortes, na edição de amanhã, segunda-feira, 6 de abril, no “Painel do Leitor” (ou em espaço equivalente e com chamada de capa), para o restabelecimento da verdade, e sem prejuízo de outras medidas que vier a tomar. Esclareço preliminarmente que:
1) Não conheço pessoalmente a repórter Fernanda Odilla, pois fui entrevistado por ela somente por telefone. A propósito, estranho que um jornal do porte da Folha publique matérias dessa relevância com base somente em “investigações” telefônicas;
2) Nossa primeira conversa durou cerca de 3 horas e espero que tenha sido gravada. Desafio o jornal a publicar a entrevista na íntegra, para que o leitor a compare com o conteúdo da matéria editada. Esclareço que concedi a entrevista porque defendo a transparência e a clareza histórica, inclusive com a abertura dos arquivos da ditadura. Já concedi dezenas de entrevistas semelhantes a historiadores, jornalistas, estudantes e simples curiosos, e estou sempre disponível a todos os interessados;
3) Quem informou à Folha que o Superior Tribunal Militar (STM) guarda um precioso arquivo dos tempos da ditadura fui eu. A repórter, porém, não conseguiu acessar o arquivo, recorrendo novamente a mim, para que lhe fornecesse autorização pessoal por escrito, para investigar fatos relativos à minha participação na luta armada, não da ministra Dilma Rousseff. Posteriormente, por e-mail, fui novamente procurado pela repórter, que me enviou o croquis do trajeto para o sítio Gramadão, em Jundiaí, supostamente apreendido no aparelho em que eu residia, no bairro do Lins de Vasconcelos, Rio de Janeiro. Ela indagou se eu reconhecia o desenho como parte do levantamento para o seqüestro do então ministro da Fazenda Delfim Neto. Na oportunidade disse-lhe que era a primeira vez que via o croquis e, como jornalista que também sou, lhe sugeri que mostrasse o desenho ao próprio Delfim (co-signatário do Ato Institucional número 5, principal quadro civil do governo ditatorial e cúmplice das ilegalidades, assassinatos e torturas).
Afirmo publicamente que os editores da Folha transformaram um não-fato de 40 anos atrás (o seqüestro que não houve de Delfim) num factóide do presente (iniciando uma forma sórdida de anticampanha contra a Ministra). A direção do jornal (ou a sua repórter, pouco importa) tomou como provas conclusivas somente o suposto croquis e a distorção grosseria de uma longa entrevista que concedi sobre a história da VAR-Palmares. Ou seja, praticou o pior tipo de jornalismo sensacionalista, algo que envergonha a profissão que também exerço há mais de 35 anos, entre os quais por dois meses na Última Hora, sob a direção de Samuel Wayner (demitido que fui pela intolerância do falecido Octávio Frias a pessoas com um passado político de lutas democráticas). A respeito da natureza tendenciosa da edição da referida matéria faço questão de esclarecer:
1) A VAR-Palmares não era o “grupo da Dilma”, mas uma organização política de resistência à infame ditadura que se alastrava sobre nosso país, que só era branda para os que se beneficiavam dela. Em virtude de sua defesa da democracia, da igualdade social e do socialismo, teve dezenas de seus militantes covardemente assassinados nos porões do regime, como Chael Charles Shreier, Yara Iavelberg, Carlos Roberto Zanirato, João Domingues da Silva, Fernando Ruivo e Carlos Alberto Soares de Freitas. O mais importante, hoje, não é saber se a estratégia e as táticas da organização estavam corretas ou não, mas que ela integrava a ampla resistência contra um regime ilegítimo, instaurado pela força bruta de um golpe militar;
2) Dilma Rousseff era militante da VAR-Palmares, sim, como é de conhecimento público, mas sempre teve uma militância somente política, ou seja, jamais participou de ações ou do planejamento de ações militares. O responsável nacional pelo setor militar da organização naquele período era eu, Antonio Roberto Espinosa. E assumo a responsabilidade moral e política por nossas iniciativas, denunciando como sórdidas as insinuações contra Dilma;
3) Dilma sequer teria como conhecer a idéia da ação, a menos que fosse informada por mim, o que, se ocorreu, foi para o conjunto do Comando Nacional e em termos rápidos e vagos. Isto porque a VAR-Palmares era uma organização clandestina e se preocupava com a segurança de seus quadros e planos, sem contar que “informação política” é algo completamente distinto de “informação factual”. Jamais eu diria a qualquer pessoa, mesmo do comando nacional, algo tão ingênuo, inútil e contraproducente como “vamos seqüestrar o Delfim, você concorda?”. O que disse à repórter é que informei politicamente ao nacional, que ficava no Rio de Janeiro, que o Regional de São Paulo estava fazendo um levantamento de um quadro importante do governo, talvez para seqüestro e resgate de companheiros então em precárias condições de saúde e em risco de morte pelas torturados sofridas. A esse propósito, convém lembrar que o próprio companheiro Carlos Marighela, comandante nacional da ALN, não ficou sabendo do seqüestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick. Por que, então, a Dilma deveria ser informada da ação contra o Delfim? É perfeitamente compreensível que ela não tivesse essa informação e totalmente crível que o próprio Carlos Araújo, seu então companheiro, diga hoje não se lembrar de nada;
4) A Folha, que errou a grafia de meu nome e uma de minhas ocupações atuais (não sou “doutorando em Relações Internacionais”, mas em Ciência Política), também informou na capa que havia um plano detalhado e que “a ação chegou a ter data e local definidos”. Se foi assim, qual era o local definido, o dia e a hora? Desafio que os editores mostrem a gravação em que eu teria informado isso à repórter;
5) Uma coisa elementar para quem viveu a época: qualquer plano de ação envolvia aspectos técnicos (ou seja, mais de caráter militar) e políticos. O levantamento (que é efetivamente o que estava sendo feito, não nego) seria apenas o começo do começo. Essa parte poderia ficar pronta em mais duas ou três semanas. Reiterando: o Comando Regional de São Paulo ainda não sabia com certeza sequer a freqüência e regularidade das visitas de Delfim a seu amigo no sítio. Depois disso seria preciso fazer o plano militar, ou seja, como a ação poderia ocorrer tecnicamente: planejamento logístico, armas, locais de esconderijo etc. Somente após o plano militar seria elaborado o plano político, a parte mais complicada e delicada de uma operação dessa natureza, que envolveria a estratégia de negociações, a definição das exigências para troca, a lista de companheiros a serem libertados, o manifesto ou declaração pública à nação etc. O comando nacional só participaria do planejamento , portanto, mais tarde, na sua fase política. Até pode ser que, no momento oportuno, viesse a delegar essa função a seus quadros mais experientes, possivelmente eu, o Carlos Araújo ou o Carlos Alberto, dificilmente a Dilma ou Mariano José da Silva, o Loiola, que haviam acabado de ser eleitos para a direção; no caso dela, sequer tinha vivência militar;
6) Chocou-me, portanto, a seleção arbitrária e edição de má-fé da entrevista, pois, em alguns dias e sem recursos sequer para uma entrevista pessoal – apelando para telefonemas e e-mails, e dependendo das orientações de um jornalista mais experiente, no caso o próprio entrevistado -, a repórter chegou a conclusões mais peremptórias do que a própria polícia da ditadura, amparada em torturas e num absurdo poder discricionário. Prova disso é que nenhum de nós foi incriminado por isso na época pelos oficiais militares e delegados dos famigerados Doi-Codi e Deops e eu não fui denunciado por qualquer um dos três promotores militares das auditorias onde respondi a processos, a Primeira e a Segunda auditorias de Guerra, de São Paulo, e a Segunda Auditoria da Marinha, do Rio de Janeiro.
Osasco, 5 de abril de 2009
Antonio Roberto Espinosa
Jornalista, professor de Política Internacional, doutorando em Ciência Política pela USP, autor de Abraços que sufocam – E outros ensaios sobre a liberdade e editor da Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe

domingo, 5 de abril de 2009

A NOVA DITABRANDA DA FOLHA DE SÃO PAULO

A NOVA DITABRANDA DA FOLHA DE SÃO PAULO
Hoje, a folha traz uma reportagem e entrevista da Ministra Dilma Roussef. A reportagem tenta mostrar que a ministra fez parte de um planejamento para sequestrar o Delfim Neto, na época da Ditadura (a folha chama de Ditabranda). A que ponto chega este jornal, não basta ter cooperado com a ditadura (emprestou caminhões para militares transportar os prisioneiros) e fazer a defesa deste regime criminoso durante e após o período (ditabranda), agora prestando-se ao jogo sujo da briga pelo poder, escancara o que todos já sabiam, toma partido pelo presidenciável José Serra e o projeto Demotucano nas eleições 2010 e faz mais,utiliza suas páginas para defender abertamente este projeto e se opor (agora abertamente) a uma candidatura da Ministra Dilma. Mas, o pior são as armas utilizadas para isso: às custas da vida de dezenas de pessoas, do extupro, da tortura e da prisão de outras dezenas. O que nós temos a obrigação de levar para todos os brasileiros é que a Ministra Dilma foi uma combatente deste regime sanguinário, cruel, torturador e privilegiador que a Folha de São Paulo defende. A Ministra sacrificou parte de sua vida, arriscou esta, para defender a liberdade de todo um povo e os interesses de sua nação. Isto é um ato de Heroismo. Quantos têem coragem de colocar suas vidas em risco para defender os interesses de um povo? O que a "Folha" não explica é como foi formada a OBAN (operação bandeirantes) visando sujar (como fizeram) uma parte da história do Brasil, com sangue, tortura e muitas lágrimas. Este grupo foi financiado por banqueiros e grupos de empresários para formar e financiar este grupo paramilitar, para que pudessem reprimir e cercear a liberdade de um povo, através de atos criminosos. Foi contra o crime organizado (como se ver) institucionalizado ou não, que Dilma Roussef colocou em risco, o seu destino, a sua vida e a sua liberdade. A Folha de São Paulo não tem o direito de visando a recuperação do poder por patrocinadores seus, seja econômico, político ou partidário, de inverter parte da história do Brasil, transformando herois (heroina) em terroristas.
> Continuação
Sobre a cobertura das eleições, ele confirmou a manipulação dos chefes. "Intervenção minuciosa em nossos textos, trocas de palavras a mando de chefes, entrevistas de candidatos (gravadas na rua) escolhidas a dedo, à distância, por um personagem quase mítico que paira sobre a Redação: "o fulano (e vocês sabem de quem estou falando) quer esse trecho; o fulano quer que mude essa palavra no texto".
Luiz Cláudio Latgé veio a público responder a carta de Rodrigo. Em seu texto, ele tenta desqualificar o jornalista. Latgé escreve: "Lamento que [Rodrigo] tenha perdido o equilíbrio e tentado transformar um assunto funcional interno numa questão política, que jamais existiu. A confusão de idéias que o Rodrigo Vianna expressa deve ter razões pessoais e compromissos que não nos cabe julgar. Peço desculpas aos colegas pelos ataques e ofensas por ele dirigidos". Em entrevista exclusiva ao Fazendo Media, Rodrigo conta que foi obrigado a pular a catraca eletrônica para poder sair da empresa. "Parece coisa de senhor de engenho". Além disso, o ex-repórter da Globo conta dois episódios em que reportagens suas foram censuradas.
No mesmo período, o comentarista Franklin Martins foi afastado da TV Globo. Durante o período eleitoral, o jornalista demonstrou equilíbrio em seus comentários e se recusou a repetir o coro da maioria dos comentaristas, na linha "o PT inventou a corrupção no Brasil". Antes de sair de férias, Franklin fora avisado que estava tudo bem, que ele poderia ir tranqüilo. Havia a preocupação com dois textos publicados contra ele por Diogo Mainardi, na revista Veja. Quando Franklin voltou, recebeu a notícia de que seu contrato não seria renovado. Em entrevista à Caros Amigos, ele descreveu o momento da seguinte maneira:
"Ó, Franklin, nós fizemos uma pesquisa qualitativa muito grande, vários grupos aqui, todos os jornais, todos os telejornais, todos os âncoras, os comentaristas e tivemos uma surpresa: a sua imagem diante do telespectador é fraca". Eu olhei: "Como é que é?" "É, sua imagem é fraca." [...] me estenderam um papelzinho que tinha uma foto minha e cinco tópicos do que a qualitativa tinha dito a meu respeito. A primeira era assim: "Alguns entrevistados não souberam dizer quem era". A outra dizia: "Fala sobre as coisas da política, as coisas de Brasília". Terceiro: "Dá menos opinião e mais informação" - o que considero um extraordinário reconhecimento do que eu quero fazer como profissional. Quarto: "Faz comentários muito equilibrados" - a mesma coisa. E eu digo: "Bom, e aí?" "E aí nós pensamos melhor, eu pensei melhor, e decidi não renovar o seu contrato." Eu digo: "Espera aí, conta outra!" "Não, não, é isso." "Ó, fulano (pede que não coloquemos o nome), eu saí de férias você dizendo que minha posição é consolidada; agora você diz que saiu numa pesquisa uma coisa assim, todo mundo vai achar evidentemente que tem alguma coisa a ver com o Diogo Mainardi. Tem alguma coisa a ver com isso?" "Eu sou peremptório, não tem nada a ver com isso." "Mas todo mundo vai achar que tem, e aí?" "Não, não." Aí eu olhei: "Então não há o que discutir, mas é o seguinte: tenho o Fatos e Versões pra gravar amanhã, como é que faz?" "Não, você não precisa gravar mais nada na TV Globo." "Está vendo, é alguma coisa diferente de a minha imagem estar fraca, porque, se minha imagem estivesse fraca, talvez você tivesse dito: 'Você não quer ficar na Globo News, fazer alguma coisa?' Não, alguma coisa aconteceu que eu não sei o que é e você não quer me dizer, e acho que devia me dizer." "Não, não." "Então está bom".
Outro que não ratificou a posição da emissora foi o repórter Carlos Dornelles, que pediu para não cobrir política em 2006 porque já havia entrado em conflito com Ali Kamel, de acordo com funcionários da empresa. Em outubro, Dornelles concedeu uma entrevista no Rio Grande do Sul afirmando que "os barões da imprensa deveriam ser investigados". Em virtude de sua afirmação, ele teria sido chamado por Latgé para se explicar. Como não recuou, foi deslocado para o Globo Rural. Outro repórter teria dito para Latgé, na frente de outras pessoas, que a cobertura da Globo estava vergonhosa. Foi colocado na "geladeira".
A emissora vem adotando basicamente duas táticas para remover de seus quadros os jornalistas que não concordam com sua linha editorial. Uma é a desqualificação pública via terceiros, seguida de uma justificativa do tipo "sua imagem não está boa junto ao público". A segunda tática é garantir ao demissionário que está tudo bem, que ele não será demitido. A pessoa se tranqüiliza, continua a produzir normalmente e se sente segura para mostrar sua maneira de pensar - o que certamente será observado pelos chefes. Após esse relaxamento, quando a notícia chega, a pessoa fica sem reação e não consegue articular uma defesa. Não é raro que entre em estado de choque e, conforme sua estrutura psicológica, pode cair em depressão. São raríssimas as atitudes como a de Rodrigo Vianna, que conseguiu colocar o pensamento em ordem e divulgar uma carta revelando as manipulações na cobertura eleitoral da TV Globo. Sua defesa, articulada, causou grande desgaste à imagem da emissora.
Assim como em 1982, durante as eleições para o governo do RJ, e em 1989, para a presidência da República, a Rede Globo usou sua força política para influenciar o resultado de um processo eleitoral. O que na época foi denunciado por observadores externos, agora se confirma a partir da entrevista com Rodrigo Vianna, além de depoimentos de funcionários assustados e demissões de jornalistas que manifestaram sua discordância em relação à linha adotada pela Globo na cobertura eleitoral.
As demissões podem até ser discutidas a partir do caráter privado da empresa. Mas este não é o único. A Globo não é apenas uma empresa privada. É uma empresa privada que opera uma concessão pública e, como tal, deve estar subordinada ao controle público. Além disso, a informação é um bem público e não pode sofrer clivagens de mercado ou ideológicas. Sobre as relações trabalhistas, cabe aos órgãos competentes - Ministério Público, Ministério do Trabalho, Justiça do Trabalho - verificar esses contratos de Pessoa Jurídica cada vez mais utilizados pelas emissoras privadas para fugir dos encargos trabalhistas. O poder público deve coibir e multar as empresas que fazem uso deste recurso, o que acaba mantendo os funcionários sob tensão a cada renovação de contrato.
A questão trabalhista da TV Globo esbarra no problema central da televisão aberta brasileira. Trata-se da existência de um oligopólio composto por seis grupos privados que controlam todo o conteúdo produzido e distribuído num país com 190 milhões de pessoas. Além de contrariar o artigo 220 da Constituição Federal, é sabido que nenhum setor concentrado desta forma pode oferecer uma quantidade satisfatória de empregos ou estabilidade para os funcionários.
Há também um outro aspecto a ser levado em consideração, que diz respeito ao caráter do setor. As empresas de comunicação não são como as indústrias de automóvel, ferro, carvão ou petróleo. Além de produzirem bens tangíveis, que podem ser comercializados (novelas, filmes, esportes, carnaval, etc.), esses artigos possuem um capital subjetivo poderosíssimo. Tão poderoso que conferem a seus detentores a responsabilidade por transmitir formas de sentir, pensar e viver a cada indivíduo e, conseqüentemente, lhes garante o poder de interferir em toda a sociedade. Assim, tanto é possível legitimar editorialmente genocídios quanto erradicar o analfabetismo. Só depende do uso que se faz dos meios de comunicação e, em especial, da televisão.
Como disse Eugênio Bucci, no livro Brasil em tempo de TV, página 17: "O que temos hoje no Brasil, na era da globalização, é ainda o produto daquele velho projeto autoritário: a gente brasileira, condenada à desigualdade, com a pior distribuição de renda do mundo, é o país que vibra unido na integração imaginária: na Copa do Mundo, no final da novela, na morte do ídolo do automobilismo, na 'festa cívica' das eleições presidenciais. Não por acaso, todos esses momentos de confraternização são espetáculos de TV".
Dando uma busca sobre matérias que mostram a parcialidade da grande mídia, encontro no "Fazendo Média", esta sujeirada que desmascara a Rede Globo perante a opinião pública e mostra, claramente, o jogo sujo que é feito dentro das organizações globo quando se trata de política. O texto é do jornalista Marcelo Sales.
12.04.2007
JORNALISTAS PERSEGUIDOS NA TV GLOBO
Embora a direção negue, está cada vez mais evidente a perseguição política aos jornalistas que não concordam com a linha editorial da emissora. Leia aqui os bastidores das demissões, das ameaças e da reunião de Ali Kamel com editores do Jornal Nacional num hotel onde a diária não sai por menos de R$ 600,00. E veja também onde o oligopólio da mídia entra nessa história
Por Marcelo Salles - salles@fazendomedia.com
Avenida das Nações Unidas 13.301. Este é o endereço do novo distrito empresarial da Marginal Pinheiros, onde se encontra o Hotel Grand Hyatt São Paulo, um dos mais luxuosos da cidade. Se você quiser dormir ali, terá que desembolsar no mínimo 600 reais. Por noite. Em compensação, dormirá ao lado de "importantes centros empresariais, comerciais e financeiros, além dos Shoppings Morumbi, Market Place e D&D", como informa a página oficial do hotel na internet. Há outras vantagens. Por exemplo, não é preciso se hospedar na suíte diplomática (R$ 1.600,00 por noite) para desfrutar dos magníficos travesseiros "king-size e edredons de pena de ganso, não alérgicos" ou da "roupa de cama 100% algodão egípcio". Eles estão em todos os apartamentos.
Foi no Grand Hyatt que Ali Kamel, diretor-executivo de jornalismo da TV Globo, decidiu se reunir em meados de março com editores do Jornal Nacional. O encontro-almoço foi realizado no Restaurante japonês Kinu, onde o preço do rodízio por pessoa fica em R$ 60,00. Seu folheto afirma que o "restaurante Kinu oferece um ambiente em que predominam as cores e formas do oriente. Essa atmosfera de modernidade faz um contraponto com a cozinha de Yasuo Asai, chef japonês que procura reproduzir em suas criações a autenticidade da culinária japonesa tradicional. No Kinu, o sabor do Japão está presente nos sushis e sashimis, nos pratos quentes e também no menu de sobremesas, todas sugestões acompanhadas de uma carta de saquês única no país".
Entre um sushi e outro, Kamel deixou claro que seu objetivo era desanuviar o clima. Sempre de maneira muito polida, afirmou que a TV Globo é uma empresa democrática, pluralista e que nunca iria fazer jogo partidário.
O editor de economia do Jornal Nacional em SP, Marco Aurélio Mello, estava presente. Ele havia sido um dos jornalistas a se recusar a assinar o abaixo-assinado preparado por Kamel com o objetivo de negar que a Globo havia tentado influenciar o resultado das eleições. O jornalista, assim como outros que estiveram presentes à reunião, entendeu a atitude de Kamel como uma proposta de trégua. O diretor da Globo chegou a colocar seu endereço eletrônico à disposição da equipe e incentivou que escrevessem sempre que tivessem alguma reclamação.
No dia 23 de março, Marco Aurélio tomou um susto. O chefe de jornalismo em São Paulo, Luiz Cláudio Latgé, avisou que ele estava demitido. Latgé teria dito que após uma avaliação interna de seu trabalho, concluiu-se que seu perfil não era mais compatível com a empresa. Funcionário da casa há 12 anos, Marco Aurélio Mello foi editor do Jornal Nacional durante quatro anos e do Jornal da Globo por outros três. Era ele quem ajudava a pautar Franklin Martins, que ficava em Brasília.
De acordo com um jornalista da TV Globo, que preferiu não se identificar, antes do primeiro turno das eleições presidenciais, Marco Aurélio havia comentado que tinha recebido a orientação de que deveria "pegar leve" com os indicadores econômicos que pudessem ser interpretados como pró-governo.
Estado de choqueNo dia seguinte à demissão, 24 de março, Marco Aurélio foi internado às pressas no Hospital Santa Casa de Vinhedo. Segundo um parente, ele estava em "estado de choque devido à crueldade da demissão". Para piorar a situação, sua esposa estava grávida de nove meses e teria o bebê em breve. Marco teve alta no mesmo dia, com a recomendação de manter repouso absoluto, sem se exaltar e sem se submeter a qualquer condição de estresse durante dez dias.
Na segunda-feira, dia 26 de março, escrevi um correio eletrônico para o chefe de jornalismo da TV Globo em São Paulo com as seguintes perguntas: é verdade que o jornalista Marco Aurélio Mello foi demitido por "não se adequar ao perfil da empresa"? Se for verdade, qual seria o perfil da empresa? E se não for verdade, por qual motivo ele foi demitido? É verdade que o Aurélio era um dos jornalistas que não havia concordado em assinar o abaixo-assinado em defesa da cobertura das eleições? É verdade que há um clima de medo entre alguns jornalistas da TV Globo em São Paulo?
Primeiro, recebi uma resposta automática: "Estarei fora a partir deste sábado, 24, e até a próxima sexta-feira, 30, num curso da Fundação Dom Cabral, em Belo Horizonte. Neste período, a Cris Piasentini responde pela Redação". Em seguida, recebi uma ligação da Central Globo de Comunicação. Uma moça muito gentil perguntou se eu havia solicitado informações sobre o Marco Aurélio e eu repeti as perguntas. Ela disse que a única informação que foi passada a ela é que o jornalista foi demitido devido a mudanças operacionais e remanejamento interno da equipe. Insisti um pouco e ela acabou dizendo que a demissão teria acontecido porque a empresa abriu novas vagas. Eu disse que era estranho, porque se a empresa estava contratando, não deveria haver razão para demissões.
Cerca de uma hora depois, Luiz Cláudio Latgé respondeu genericamente às perguntas que eu havia enviado pelo correio eletrônico: "O clima é ótimo na Redação. O Aurélio não foi o único a não assinar o documento. Outros não assinaram e continuam trabalhando normalmente e contamos com eles. Na redação, o clima é positivo, diante dos novos desafios propostos a vários profissionais a quem, por seus méritos, foram confiadas novas missões na Redação".
A versão de Latgé é contestada por mais de um funcionário da TV Globo de São Paulo. Estes insistem que há um clima de medo na Redação, sobretudo entre aqueles que se recusaram a assinar o abaixo-assinado em defesa da empresa. Há quem fale em "caça às bruxas". No mesmo dia em que Marco Aurélio era internado, seu pai, também jornalista, divulgou uma carta de solidariedade em seu blogue: "Um jornalista não pode se sujeitar a coação de assinar manifesto político, com o qual não concorda, ainda que perca sua vida. Daí a minha grande dúvida, nenhum emprego por mais valioso que seja, por mais amor que a ele se tenha, como você tinha, pode ser mais valioso que a própria vida, principal direito inalienável da pessoa humana. Parabéns pela sua atitude".
ContextualizandoTudo começou no dia 29 de setembro do ano passado. Na antevéspera das eleições presidenciais, um Boeing da Gol caiu e matou 154 pessoas. Foi o maior acidente da história da aviação brasileira. Entretanto, o Jornal Nacional não divulgou a notícia e reservou a maior parte de seu noticiário à cobertura eleitoral, sendo 8 minutos para as notícias sobre o então famoso Dossiê. O sentido das reportagens era claro: prejudicar a imagem do PT e favorecer a candidatura do PSDB.
A revista CartaCapital (18/10/2006), em reportagem assinada por Raimundo Pereira Rodrigues, registrou com detalhes a manobra do Jornal Nacional. Raimundo conta que a TV Globo foi beneficiada pelo delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno, que preparou uma cópia exclusiva do CD que continha as fotos do dinheiro que seria usado para comprar o Dossiê e negociou a exibição do material no principal telejornal da Globo.
Ali Kamel escreveu uma resposta, publicada como matéria paga em CartaCapital e divulgada pelo Observatório da Imprensa. Outros veículos eletrônicos cobriram amplamente a questão e entre 358 comentários de internautas, apenas 21 defendiam Kamel enquanto 337 o criticavam. Não satisfeito, o diretor-executivo de jornalismo da TV Globo fez circular um abaixo-assinado em defesa da cobertura da emissora entre os jornalistas da casa. Alguns se recusaram a assinar e outros solicitaram que seus nomes fossem retirados, após perceberem o uso político que poderia ser feito do documento.
Fontes dentro da emissora revelam que no dia em que o abaixo-assinado circulou na redação de São Paulo, Marco Aurélio tomou a iniciativa de ligar para o chefe de redação, Mariano Boni, pedindo que o nome dele e de outros colegas fossem retirados. Boni, ao sair da sala, teria desabafado diante de um grupo de funcionários: "Quem não estiver contente que pegue o boné e vá para a TV Record".
No dia 19 de dezembro do ano passado, Rodrigo Vianna, repórter especial da TV Globo durante doze anos, foi o primeiro a receber a notícia de que não teria seu contrato renovado. Em uma carta enviada aos colegas, Rodrigo afirmou que o clima estava insuportável. E denunciou que "Nunca, nem na ditadura (dizem-me os companheiros mais antigos) tivemos na Globo um jornalismo tão centralizado, a tal ponto que os repórteres trabalham mais como bonecos de ventríloquos, especialmente na cobertura política!".
> Continua

sexta-feira, 3 de abril de 2009

APESAR DA CRISE, MARÇO FOI UM BOM MES

APESAR DA CRISE, MARÇO FOI UM BOM MES
Alguns pontos positivos para o país no mes de março: crescimento da produção industrial no trimestre; crescimento do saldo da balança comercial; venda de veículos tem a maior venda para o mes de março da história e a Petobras se torna a maior empresa da américa latina em vendas.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA
Esta é para ficar na história, o Brasil do Lula empresta dinheiro ao FMI, neste momento da maior crise que o capitalismo mundial, enfrenta nos últimos 80 anos. Não faz muito tempo, no Brasil dos Demotucanos (FHC, lembram?), por muito menos o Brasil quebrou e pedia socorro ao FMI, foram bilhões de empréstimo, hoje, é diferente, nunca na história deste país (parodiando o presidente), tinha-se emprestado dinheiro ao Fundo Monetário Internacional. É muita petulância e cara de pau da oposição Demotucana e do PIG, querer comparar o governo do FHC com o governo Lula. Esses caras são lunáticos ou enganadores (mais provável).

A QUEM SERVE O STF?

A QUEM SERVE O STF?
Excelente o texto de Maria Ines Nassif publicada hoje no "Valor Econômico, sobre as investigações da polícia federal e a atuação do ministro Gilmar Mendes, leia abaixo:
Então, ficamos combinados: quando uma operação policial pegar um partido com a boca na botija, fazendo caixa dois com dinheiro de empreiteira, o responsável pela investigação deve acessar o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e copiar e colar (ctrl C, ctrl V) o nome de todos os partidos registrados oficialmente.
Segundo os líderes dos partidos de oposição que foram citados na Operação Castelo de Areia - uma investigação originalmente motivada por denúncias de que a empreiteira Camargo Corrêa teria cometido supostos crimes financeiros, de lavagem de dinheiro e de evasão fiscal - é pouco elegante denunciar como implicados na Operação apenas aqueles contra os quais foram levantadas provas. Não acusar o PT, o PV e o PTB é prova do partidarismo da Polícia Federal, que teria sido governista, segundo seus detratores, mesmo apontando igualmente, como beneficiários de supostas doações ilegais que teriam sido feitas pela construtora, os partidos governistas PP, PSB, PDT e PMDB.
A regra não conta, todavia, quando o PT e seus aliados são o centro da investigação. No escândalo do “mensalão”, o caso levado de forma mais discreta foi o do caixa dois da campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que usou em 1998 o mesmo esquema que o PT e seus aliados, para arrecadar dinheiro de campanha. Não seria de bom tom, afinal, dar grande publicidade ao caso do tucano mineiro.
O grosso dos que esperam julgamento no STF, por conta de suposto envolvimento no “mensalão”, é governista. Nesse caso, pode-se dizer que a PF é oposicionista? Deixou de ser quando mencionou o PSDB, o DEM e o PPS em outra investigação? Se a Operação Castelo de Areia for julgada no futuro pelo STF, e este considerar que o suposto caixa dois da Camargo Corrêa não fez réus, e o suposto caixa dois do “mensalão” sim, a Corte será governista ou oposicionista? No caso do “mensalão”, o trabalho conjunto do Ministério Público Federal constituiu o que o presidente do STF e do Conselho Nacional de Justiça, Gilmar Mendes, chamou de “algo lítero-poético-recreativo”? Ou esteve adstrito às funções constitucionais das instituições envolvidas? O que diferenciou, então, o caso do “mensalão” da Operação Castelo de Areia?
E daí, ficamos também assim: o controle exercido pelo Ministério Público sobre a Polícia Federal é “algo lítero-poético-recreativo”, e portanto o MP e a PF estão fora de controle, pelo menos no caso da Operação Castelo de Areia e na Operação Satiagraha, as que são objeto das indignações do presidente do STF. Diz Mendes: “Muitas vezes o Ministério Público Federal é parte naquilo que chamamos de ação abusiva da polícia (…). Quando o Ministério Público atua em conjunto com a polícia, quem vai ser o controlador dessa operação?” Ele defende uma “vara especializada no controle das atividades policiais”, que poderia ser instituída “facilmente” pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do qual o presidente do STF é também presidente - ou seja, supõe-se que uma simples canetada de Mendes tem o poder de eliminar o controle constitucional que o MPF tem sobre a polícia. Isso quer dizer que a Constituição se submete ao CNJ? E, se assim for feito, Mendes, como o “presidente do Judiciário”, passaria exercer o controle sobre a polícia e, com a sua serenidade e neutralidade, evitaria o “aparelhamento do aparato policial, um aparelhamento político” da PF, e a excessiva complacência do MPF?
A Operação Castelo de Areia foi movida pelo Ministério Público, investigada pela Polícia Federal e monitorada pela 6ª Vara da Justiça, da qual é titular o juiz Fausto De Sanctis, que o CNJ do ministro Mendes processa pelas sentenças discordantes tomadas por ele contra as suas próprias. Uma ação da PF que foi acionada pelo MP e teve o controle de uma autoridade judicial não é um complô partidário - é assim que legitimamente se processam as investigações. Isso está longe de ser um clube “lítero-político-recreativo”.
Na verdade, dá para apostar que os procuradores, policiais e juízes envolvidos num trabalho dessa envergadura tenham pouco tempo para frequentar clubes lítero-político-recreativos. Apenas nenhum promotor, policial ou juiz pediu licença ao STF para concluir quais eram os crimes passíveis de indiciamento e quem os cometeu, nem submeteram suas conclusões ao STF, porque não é esse o papel da alta Corte nesse momento. Vai ser no futuro, se algum indiciado recorrer de sentenças ou procedimentos que considerem injustos ou ilícitos. Como, normalmente, pessoas com poder econômico costumam recorrer até a última instância judicial, o STF em algum momento vai se posicionar sobre o caso. E como parlamentares podem estar implicados, o caso deve parar direto no Supremo. Outra razão para Mendes não emitir juízos sobre o trabalho do MP, da PF e do juiz de primeira instância: afinal, vai julgá-lo mais para a frente.
A PF virou alvo do presidente do STF desde a deflagração da Operação Satiagraha que, entre outras coisas, botou duas vezes na cadeia o empresário Daniel Dantas. Mas ainda assim, não percebe o risco que está correndo. As decisões que toma, mesmo técnicas, não estão apenas sendo combatidas por divergências quanto a métodos. O trabalho de descrédito da PF, do juiz De Sanctis e de mais alguns que têm levado adiante investigações por crimes de colarinho branco é para acuar toda a instituição policial. Se os grupos internos dão munição para essa ofensiva externa contra os seus adversários de corporação, por conta de uma disputa de poder, não perceberam que a PF é atingida sem poupar ninguém - e que esse movimento de opinião pública incitado por algumas figuras públicas torna cada vez mais arriscado, para qualquer grupo dela, a investigação de casos politicamente complicados, que envolvam interesses econômicos mais poderosos.
Outro risco que se corre é a instituição STF ficar identificada como aquela que pode estar permeável a interesses. Num país altamente injusto, a mais alta Corte perder sua imagem de mediadora - e justa - e fixar-se como aquela que zela exclusivamente por grandes interesses, é o fim de esperanças de uma parcela da população altamente desassistida. É melancólico.

CALOTE

CALOTE
O Serra e o Kassab estão tentando dar um golpe nos credores do estado e muncípio de São Paulo. Estão pressionando o senado a alterar a lei, para que eles não sejam obrigados a pagarem os precatórios (dívida vencida na justiça e que devem ser pagas aos cidadãos pelo estado e prefeitura. A informação foi divulgada na Band, no programa "Primeiro Jornal.

O PIG E OPOSIÇÃO DEMOTUCANA IRÃO ENLOUQUECER

O PIG E OPOSIÇÃO DEMOTUCANA IRÃO ENLOUQUECER
O PIG (Partido da Imprensa Golpista) e a oposição Demotucana erão enlouquecer depois de assistirem ao vídeo da BBC, onde antes de começar a reunião do G-20, o Presidente dos EUA, Barack Obama, ao cumprimentar o Presidente Lula, fez referência a este como "esse é o cara" e "o maior político da terra", além de afirmar "eu adoro esse cara". Essas afirmações foram na presença do primeiro ministro da Austrália Kevin Rudd. Para ver o vídeo, acessar a BBC Brasil. A oposição e a mídia golpista devem estar se perguntando: por que não falaram isso do FHC, do Serra, do Alckmin, do Aécio, do... Se estabelece quem tem competência.