terça-feira, 23 de março de 2010

POLÍTICA EXTERNA - UMA VISÃO ISENTA

A mídia e a oposição brasileira, para variar, condena a política externa brasileira (não só a externa, mas qualquer política do governo Lula), mas vejam o que o jornalista americano Mark Weisbrot, diretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas de Washington, fala, em uma análise isenta, da política externa brasileira.

Política externa brasileira, vista dos EUA

Por Marco Nogueira

UM OUTRO OLHAR

O jornalista MARK WEISBROT é diretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas (www.cepr.net), de Washington. Seu artigo na Folha de S Paulo¹ deste domingo (21) representa um olhar realista, imune ao passional clima pré-eleitoral brasileiro. O assunto é a campanha dos Estados Unidos pela adoção de sansões contra o Irã, cuja recusa pelo Brasil é alvo de infundadas críticas dos opositores ao governo. Lula vem argumentando que a estratégia estadunidense de confrontos e ameaças é contraproducente.

Os argumentos contra Lula, segundo o analista, foram resumidos pelo oposicionista José Serra, na Folha de S Paulo² de 23/11/2009. Serra ataca Lula por ter recebido Ahmadinejad, cuja reeleição teria sido “notoriamente fraudulenta”, pelo teor repressivo do governo e pela negação do Holocausto. Weisbrot argumenta que a primeira acusação é inaceitável por quem tenha examinado as evidências. A vitória de Ahmadinejad por uma diferença de 11 milhões de votos teve apuração testemunhada por centenas de milhares de pessoas. Mais: os resultados corresponderam às pesquisas de intenção de voto e também de boca de urna.

Por outro lado, articulista não tem dúvidas de que o governo do Irã é repressivo, embora também o sejam alguns aliados dos Estados Unidos na região. O Egito, a Arábia Saudita, Israel. Quanto à negação do Holocausto por parte de Ahmadinejad, Weisbrot relembra que “Lula a condenou fortemente”. No entanto, questiona se deveria Lula também recusar um encontro com Hillary Clinton, que apoiou a invasão e a ocupação do Iraque (Inútil guerra que já matou mais de 1 milhão de pessoas). Hillary também apóia as mortes de civis cometidas diariamente por forças dos EUA no Afeganistão.

Para o analista estadunidense, “Lula se reúne com todos os lados na disputa porque está tentando exercer um papel de mediador para impedir outra guerra desnecessária. É isso o que fazem os mediadores. A equipe de Obama, assim como a do ex-presidente Bush, tem dificuldade em compreender esse conceito. Ela prefere adotar uma abordagem do tipo “Poderoso Chefão” para as relações internacionais. A abordagem da equipe de Lula é oposta, algo que se deve à sua experiência sindical: ele procura o diálogo, as negociações e as concessões, visando solucionar conflitos.”

Na mesma linha arrogante de Obama, que não difere da de Bush, o ex-subsecretário de Estado de Bill Clinton, James Rubin, publica na “Newsweek³” desta segunda-feira (22) o artigo “Pressionando Lula”. No subtítulo, “aliados que se negam a sancionar Irã também devem pagar”. No texto, “Boa vontade e respeito nem sempre são o bastante. Algumas vezes, até países amigáveis precisam entender que vão pagar um preço por desafiar os EUA. Muito provavelmente, essa ação vai funcionar. O Brasil vai ajustar sua posição. E o resto do mundo vai perceber.” Rubin parece não saber que o Brasil já não é mais quintal dos EUA.

Também parecem não saber (ou não querem saber) nossos eternos padecentes do complexo de vira-latas, como o ex-presidente FHC, que quer “para o Brasil uma relação mais estreita com os Estados Unidos, que desse espaço para o país se afirmar mais em sua área de influência.” (Na Folha de S Paulo* desta sexta-feira, 19). Quinta-colunismo sem criatividade, pois repete um outro arrivista dos anos 60, Juracy Magalhães: “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”.

Alheio às prioridades de Washington que não se destinam aos interesses mais amplos, Lula, como disse Mark Weisbrot, “tornou-se um dos líderes mais respeitados do mundo e, por essa razão, possui potencial singular de ajudar a resolver alguns dos conflitos políticos mais sérios do planeta.” Satanizado por Washington e pelos vira-latas da mídia e da oposição brasileiras, nosso presidente, diz o analista, “vem assumindo uma atitude pautada por princípios e que atende aos interesses mais verdadeiros não apenas do Brasil, mas da humanidade. (…) O mundo precisa seriamente desse tipo de liderança.”

Fonte: Blog do Nassif.


sábado, 20 de março de 2010

VEJA - A RUÍNA MORAL

A revista Veja desta semana veio completamente desmoralizada. Uma leitura atenta revela toda a sua ruína moral, a ponto da revista sair da ofensiva e entrar na defensiva (ainda que se esforce para demonstrar o contrário, através de um texto raivoso).

As acusações que a revista fez nos números anteriores contra o PT, contra a Bancoop, e contra Vaccari, foram desmontadas uma a uma.

Um juiz considerou inepta a denúncia do promotor José Carlos Blat, já na semana anterior.

O Ministério Público Federal desmentiu completamente a revista, dizendo que Vaccari sequer foi mencionado nem na documentação enviada pela Procuradoria Geral da República, nem na denúncia apresentada à justiça contra o doleiro da Veja, Lucio Funaro.

A revista, se não tivesse inventado, teria apresentado algum documento, ou alguma declaração de alguém confiável, que confirmasse as acusações falsas que escreveu em suas páginas. Nada, nada, nada foi apresentado.

A miséria moral da revista se mostra, como uma fratura exposta, quando sonega dos seus leitores a versão do Ministério Público Federal, e esconde do leitor a recusa de um juiz em aceitar as petições do promotor Blat, por falta de fundamentação.

A revista fez ilações sobre tráfico de influência e corrupção em fundos de pensão, mas vergonhosamente não faz qualquer menção a respeito do contrato de aluguel do edifício da Editora Abril com a proprietária PREVI (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil).

Não diz nada sobre como a Editora Abril conseguiu um aluguel camarada da PREVI, em 1997, no governo FHC, quando o ex-caixa de campanha de Serra e FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira, era diretor do Banco do Brasil, com forte influência no fundo de pensão.

Uma operação dessa natureza, sem ser feita às claras, traz um forte cheiro de corrupção, com a revista deixando de ser estilingue, e passando a ser vidraça.

A revista também esconde de seus leitores que seu jornalismo foi corrompido ao entregar notícia estragada, denunciando um boato de que fundos de pensão teriam tido prejuízo de R$ 43 milhões, em aplicações no fundo FIDC Bancoop, quando já era do conhecimento público que os R$ 43 milhões aplicados simplesmente já estavam quitados e pagos de volta aos fundos de pensão, com os devidos rendimentos.

A ruína moral da revista se aprofunda, quando percebe-se que a revista coloca a mão no fogo por um doleiro, réu em processo por lavagem de dinheiro, sempre escolhendo a palavra do doleiro em detrimento da palavra do Ministério Público Federal, expressa em notas oficiais da assessoria de imprensa. Entre um e outro, a revista prefere associar-se aos acusados de corrupção do que aos procuradores da república que colocam corruptos na cadeia.

O que transparece da "fé cega" depositada pela revista Veja no doleiro, é uma intimidade e proximidade incomum, que ultrapassa em muito o conceito de fonte jornalística. Sugere uma identificação com os valores, princípios e objetivos do doleiro. Desperta suspeitas de uma relação antiga de amizade, companheirismo ou de sociedade entre pessoas da revista com o doleiro.

Afinal, o que obriga a revista a publicar o que o doleiro quer? O que obriga a comportar-se como se fosse porta-voz do doleiro, ignorando a voz do Ministério Público Federal, chegando a publicar recados bisonhos, em tons de ameaça, típicos de máfias bufãs, que nenhuma revista séria publicaria, tais como:

Desde que começou a negociar a delação premiada com a Justiça, Funaro prestou quatro depoimentos sigilosos em Brasília. O segredo em torno desses depoimentos é tamanho que Funaro guarda cópia deles num cofre no Uruguai. "Se algo acontecer comigo, esse material virá a público e a República cairá", ele disse a amigos.

Vejam o quanto é bisonho este parágrago acima da Veja da semana passada.

Se Funaro já prestou depoimentos em Brasília, estes depoimentos já estariam no Ministério Público. Qual o sentido de guardar cópias num cofre, ainda mais no Uruguai?

A razão para alguém guardar documentos em um cofre no Uruguai, seria para que ficasse fora do alcance de mandatos de busca e apreensão no Brasil. Ora, os mandatos de busca e apreensão deste caso iriam parar no justamente no Ministério Público, onde os depoimentos já estariam, segundo a revista. Por isso esse parágrafo é uma piada sem-noção, para impressionar somente leitores idiotas (típicos fãs da revista).

Além disso, essa estória de "Se algo acontecer comigo, esse material virá a público e a República cairá" é mais ridícula ainda. Se os depoimentos estão no Ministério Público, então se a República tivesse que cair, já tinha caído há muito tempo.

Por fim o parágrafo termina com um "... ele [Funaro] disse a amigos". Que amigos são estes? Os amigos do doleiro dentro da revista Veja?

Não se sabe se este parágrafo idiota da revista reflete de fato declarações do doleiro, como diz a revista, ou se foi obra de ficção dos redatores da Veja, mas, independente da autoria, a revista ficou com a cara de porta-voz de chantagens de máfias bufãs, ao escrever isso, abrindo suas páginas para o doleiro mandar recados a quem teria o rabo preso com ele.

Na edição desta semana, a revista Veja, continua sua opção preferencial pela corrupção. Mas já "amarelou" e não trouxe reportagem de capa. Em seu texto limita-se a repetir bordões chamando o PT e a Banccop de "bobos, feios e malvados", sem qualquer acréscimo factual que possa trazer o mínimo de credibilidade... e continua a funcionar como "diário oficial dos corruptos" para publicarem seus recados mafiosos.

Publicada no Blog "Os amigos do Presidente Lula".

VEJA - ONDE ESTÁ O BOM JORNALISMO?
O Blog do Luis Nassif traz hoje, o artigo que transcrevo abaixo.

Veja dá de ombros aos desmentidos

O jogo ficou assim:

1. Veja informou que o Vaccari foi denunciado pelo doleiro (que ela chama de consultor financeiro) em um sistema de delação premiada. Deu como provas o relatório sigiloso do depoimento, que estaria no inquérito do “mensalão”. Só disse isso, não apresentou os documentos. O leitor fica dependendo, então, da palavra do repórter. Pouco antes, noticiou que o promotor Blat pediria a quebra do sigilo de Vaccari, devido à suspeita de que tivesse havido desvios para financiamento de campanha. Também sem apresentar documentos. Duas denúncias, portanto, baseadas exclusivamente em declarações: do repórter e do procurador. O PT desmentiu, Vaccari desmentiu. Até aí, morreu Neves. É a palavra de um lado contra a do outro.

2. Aí vem o juiz – que recebeu o pedido de quebra do sigilo de Vaccari – e espinafra o promotor. Acusa-o de promover eventos puramente políticos, já que não havia nada que fundamentasse seu pedido de quebra do sigilo de Vaccari. Ou seja, a palavra do promotor foi para vinagre.

3. Depois, vem a procuradora de São Paulo – que colheu os depoimentos do “consultor financeiro” Lúcio Funaro- e garante que o nome de Vaccaro sequer foi mencionado. Desmontou a palavra do repórter.

4. A revista volta ao tema esta semana, espinafra a defesa do PT, critica os que falam de “mídia golpista” mas sobre os desmentidos oficiais à matéria… nada. Fala sobre “evidências” da cobrança de propinas – que já haviam sido desmontadas pelo juiz e pela procuradora, em informações que se espalharam por toda a Internet e por todas as redações do país durante a semana. Pessoal, não dá para ignorar que toda a imprensa leu os desmentidos. Não dá para varrer para baixo do tapete. O jovem repórter Diego Escosteguy ficou sob suspeita de ter inventado uma matéria. Ele não pode simplesmente responder indignando-se com a não resposta do PT. Seu papel, agora, é mostrar as provas de que a matéria da semana passada não foi inventada, inclusive para não prejudicar uma carreira promissora.


sexta-feira, 19 de março de 2010

VEJA DESMORALIZADA MAIS UMA VEZ
A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo publicou nota afirmando que no documento do inquérito sobre o Funaro (este foi o informante da Veja na denúncia contra o tesoureiro do PT), não existe nenhuma informação sobre o tesoureiro do PT. Mais uma vez a Veja mentiu, fez denúncias sem apresentar prova nenhuma e é desmoralizadas mais uma vez, agora pela Procuradoria de São Paulo. Na nota o MP mostra quem é o tipo de pessoa que a revista dá credibilidade e passa a informação para os seus leitores (mal informados) sem provas e sem mostrar o tipo de informante, pelos menos, a sua ficha corrida. Leiam a nota da Procuradoria:

19/03/10 - Documentação do inquérito do mensalão sobre Funaro não traz informações sobre tesoureiro do PT

O corretor Lúcio Funaro responde em São Paulo a processo por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro

O corretor Lúcio Bolonha Funaro responde a ação penal 2008.61.81.007930-6, na 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

A denúncia que gerou a ação penal foi oferecida pelo Ministério Público Federal em São Paulo, em junho de 2008. Lucio Bolonha Funaro e José Carlos Batista respondem pelos crimes de quadrilha e por 33 infrações a artigos da Lei n. 9.613/98 (Lavagem de Dinheiro), em razão de fatos apurados nos autos da ação penal 470 (Mensalão), que tramita no Supremo Tribunal Federal.

Os documentos recebidos da Procuradoria Geral da República, que embasaram a denúncia, oferecida pela procuradora da República Anamara Osório Silva, em São Paulo, demonstram que, através da Garanhuns Empreendimentos, empresa de Funaro e Batista, se garantia a dissimulação da origem e do destino de valores que iam da SMP&B ao antigo Partido Liberal. As transferências chegaram ao valor aproximado de R$ 6,5 milhões.

São sobre essas operações de lavagem de dinheiro que trata o processo, que tramita normalmente perante à 2ª Vara Federal. A última movimentação processual constante é de fevereiro de 2010.

O MPF em São Paulo não pode confirmar se o depoimento de Funaro, concedido em Brasília, se deu sob o instituto da “delação premiada”. De toda forma, o MPF não revela informações, nem o teor desses depoimentos, em respeito à legislação pertinente.

Entretanto, tanto na documentação remetida pela PGR à São Paulo, que embasou a denúncia, quanto na própria acusação formal remetida à Justiça pelo MPF-SP, em resposta a inúmeros questionamentos da imprensa, é necessário esclarecer, não há nenhuma menção ao ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) João Vaccari Neto, atualmente tesoureiro do Partido dos Trabalhadores.

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Estado de S. Paulo


quinta-feira, 18 de março de 2010

RECORDE NOS AUMENTOS DE SALÁRIOS EM 2009
O Diese divulgou que os salários no Brasil em 2009, obtiveram o maior aumento desde o início da pesquisa em 1996. Segundo os dados, 93% das negociações obtiveram reposição da inflação ou reajuste superior a esta. Além disto, o Brasil criou em fevereiro, 209.425 novos postos de trabalho com carteira assinada, um recorde para o mês de fevereiro. Este é o Brasil que realmente vai para frente.
10,4 MILHÕES DE PESSOAS DEIXAM FAVELAS
Relatório da ONU afirma que o Brasil reduziu em 16% a população de habitantes das favelas. Isso significa 10,4 milhões de pessoas a menos residindo em favelas. Segundo o relatório, essa redução foi fruto de políticas sociais e econômicas, além da diminuição da taxa de mortalidade, bem como, da migração do campo para as cidades.
Fica difícil para o PIG (Partido da Imprensa Golpista) e os demagogos oposicionistas sustentarem mentiras, pois as pessoas sentem as mudanças positivas e afirmativas no seu dia a dia, no seu trabalho, no seu poder de compra, na melhoria de vida e de indicadores sociais e econômicos. Por tudo isso é que o Lula bate recorde de aprovação e que a Dilma avança a cada pesquisa, pois as pessoas entendem cada vez mais, que ela significa a continuidade de todas as políticas do governo Lula e que acabaram melhorando a vida dos brasileiros.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O "Minha Casa, Minha Vida" de José Serra
Essas são fotos do suntuoso prédio que a Editora Abril está alojada e pertence ao Fundo de Pensão (Previ). Diante das várias denúncias já apresentadas pela revista "veja" dos Fundos de Pensão, a revista bem que poderia explicar como se deu a locação e em que termos, para que possamos acreditar que não há nada de suspeito nesta empreitada com os "suspeitos fundos". Vale lembrar que esta locação aconteceu na gestão tucana do FHC/Serra. Para mostrar a isenção da revista e dos seus jornalistas (?), umas fotos que mostra muito bem, o relacionamento do Serra com estes. É a cara da isenção política. Acredite quem puder. Assim fica mais fácil de entender os ataques desesperados da revista ao PT, ao Lula e a Dilma, claro que os milhões investidos pelo governo Serra na revista, também contribuem e muito. Isso é o que podemos chamar de jornalismo de mercado, para alguns de esgoto.

ESTÁ CAINDO A CASA E A MÁSCARA DA VEJAESTÁ CAINDO A CASA E A MÁSCARA DA VEJA

ESTÁ CAINDO A CASA E A MÁSCARA DA VEJA
A revista não tem mais limites para assassinar o jornalismo, tudo isso visando eleger o seu candidato e pensando nos seus interesses, não tem nenhuma preocupação com a sua desmoralização e a perda de credibilidade. Agora, publicou uma mentira, depois desta mentira já está comprovada. A revista publicou um boato, já devidamente desmentido pelos fatos. A veja publicou que Fundos de Pensão, teriam tido prejuízo de 43 milhões em aplicações no fundo FIDC Bancoop, quando os 43 milhões já estavam quitados e pagos aos fundos com os devidos rendimentos, conforme pode-se comprovar no jornal do Bancoop de dezembro de 2009, através da internet.Entenderam a sujeirada, desde dezembro de 2009 e a revistinha passa uma informação enganosa para os seus leitores, que pagam e caro, para serem manipulados e enganados.
Além do tipo de jornalismo rasteiro que fazem, das denúncias, muitas vezes, sem apresentarem nenhuma prova, a revista não explica para os brasileiros, a relação que teve com os fundos de pensão, na época do FHC. Foi noticiado pela blogosfera que o prédio suntuoso que abriga a Editora Abril pertence ao fundo de pensão PREVI (Banco do Brasil) e está locado a editora, desde 1997. A revista já tinha dado explicação quando foi acusada pelo jornal "Estadão" de fazer campanha contra o desarmamento, porque o prédio pertencia ao grupo de Daniel Birman, dono de uma empresa fabricante de armamentos, a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), mas na verdade, o prédio pertencia a PREVI. A editora Abril mudou para o novo prédio em dezembro de 1997, mas nada foi informado aos seus leitores, nenhuma notinha foi publicada. A pergunta que não quer calar: o que tem de lesivo (caso tenha) que a mudança foi feita na surdina. A revista que tem feito tantas acusações aos fundos, deveria explicar essa sua negociação com os fundos de pensão.

terça-feira, 16 de março de 2010

O CALDEIRÃO DO PIG (PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA)

Pronunciamento do Deputado Federal do PT da Bahia, Emiliano José, hoje na Câmara Federal, reflete muito bem, toda malandragem e bandidagem do PIG (Partido da Imprensa Golpista).
Reproduzo a seguir:

O SR. EMILIANO JOSÉ – Sr. Presidente, peço a palavra para dar como lido pronunciamento relativo à reunião realizada pelo Instituto Millenium, em São Paulo, e para dizer da ofensiva midiática contra o nosso Governo e o Partido dos Trabalhadores.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

O SR. EMILIANO JOSÉ (PT-BA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, do caldeirão fumegante do Partido da Imprensa Golpista pode sair de tudo, menos qualquer receita que seja de defesa do povo brasileiro. Novamente, mais uma vez, o PIG sai a campo com todo furor para atacar o PT e o governo Lula e a pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff. O PIG não descansa. Sua luta contra o governo Lula, contra o presidente Lula, contra o PT, contra as forças democráticas, é incansável. Isso ninguém pode negar.

O PIG se dedica à luta contra quaisquer governos progressistas porque sempre foi a favor de privilégios, nunca gostou dos desvalidos, não aceita políticas públicas que beneficiem os mais pobres. E por isso não aceita o governo Lula, não aceita o presidente operário, não aceitou Vargas, não aceitou Goulart. Com propriedade, essa imprensa hegemônica, sustentada em algumas famílias, échamada de Partido da Imprensa Golpista, porque sempre se perfila ao lado do golpe e contra as instituições democráticas, fingindo-se de defensora das liberdades em geral e da liberdade de imprensa em geral.

Quando falei em caldeirão fumegante, não o fiz apenas como exercício retórico. Faço-o pela simples razão de que o Partido da Imprensa Golpista tem trabalhado bastante na cozinha, como falamos quando nos referimos à retaguarda do jornalismo, e o pior é que, na cozinha, só trabalha ultimamente com temas requentados. E isso não lhe importa. O escândalo que ela quer construir, quando quer construir, não precisa ter o chamado fato novo, aspecto essencial do jornalismo quando levado a sério. Retira-se um fato de anos anteriores, coloca-se um título chamativo, e cá estamos nós com um novo escândalo, mesmo que tudo já tenha sido noticiado anteriormente, mesmo que não exista nada comprovado.

A revista Veja, hoje um arsenal ideológico de extrema-direita, articulado com os setores de imprensa mais reacionários do Continente, foi buscar os ingredientes de um assunto antigo, teve a solidariedade de um promotor que assaca permanentemente contra o PT, colocou tudo no caldeirão fumegante, e o título dáconta do resto. Bastou que o ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários, João Vaccari Neto assumisse a tesouraria do PT para que a cozinha da Veja entrasse em ação. O mesmo promotor, José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, figura já conhecida por sua posição política, já havia feito a denúncia em 2006, a requenta agora, e a mídia e a oposição se encarregam do resto.

Essa investida de agora foi tão escandalosa, tão obscena, tão sob encomenda, que o juiz que recebeu a denúncia do Sr. José Carlos Blat desnudou-a, evidenciando os seus vícios e denunciando o seu evidente partidarismo.

O juiz Carlos Eduardo Lora Franco não aceitou o bloqueio das contas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), nem a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente da cooperativa e atual secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto. Não pode haver manipulação política, não deve haver manipulação da opinião pública e não devem ocorrer acusações sem provas, como de alguma forma foi dito pelo juiz, tudo que aparece na denúncia superpartidarizada do promotor Blat, uzeiro e vezeiro nessas práticas, personagem por demais conhecido.

Tudo sob medida, uma velha receita, perseguida desde sempre, com destaque para os últimos anos. O PIG tentou de todo jeito evitar a vitória de Lula em 2002. Não conseguiu. Tentou de todo modo impedir a vitória de Lula em 2006. Não conseguiu. O PIG espera sempre o suicídio, a renúncia ou a derrota de suas vítimas. É só olhar a história. Não houve isso com Lula. Muito ao contrário. Houve luta e afirmação da vida democrática, luta que contou com a participação decisiva do povo brasileiro.

No ano que passou, o PIG recorreu diversas vezes ao caldeirão fumegante de sua cozinha de requentamento. E tome-lhe Petrobras, e tome-lhe Lina Vieira, e tome-lhe Sarney, e tome-lhe derrotas. Nada tinha consistência. Eram pastéis de vento. Tudo caiu no vazio.

A oposição, a cada iniciativa do PIG, ia atrás, obedientemente, e perdia. Às vezes, conseguia os seus 15 minutos de fama, devidamente preparados pela própria mídia. Andy Warhol revisitado. E depois, bem, depois, tudo se mostrava sem base jornalística. Tudo que é falso desmancha no ar, poderíamos parafrasear Marshall Berman. Se o que é sólido desmancha no ar, imagine o que é falso.

O requentamento da mídia, sua fábrica incessante de escândalos sem qualquer base, continua a desmanchar-se no ar. Sua tentativa permanente de construir uma opinião pública contra Lula tem fracassado rotundamente. A opinião pública no Brasil vem ganhando autonomia, a cidadania brasileira hoje não se submete mais às tentativas constantes de manipulação.

Agora o PIG aponta o seu arsenal contra a candidatura da ministra Dilma. Planta notícias falsas, inventa currículos fantasiosos, esmera-se na mentira, requenta e requenta matérias àfalta de fatos consistentes, verdadeiros. O PIG, no entanto, tem sido amplamente derrotado pelo povo brasileiro ultimamente. A oposição conta com o entusiasmo decidido desse PIG, em verdade o intelectual orgânico dos partidos de oposição, do PSDB e do DEM, que andam bastante desorientados.

Um escândalo aqui, outro acolá, surgido do caldeirão fumegante do PIG, é que dá à oposição a chance de respirar por 15 minutos, para logo depois sufocar novamente. Mas, insisto, o PIG não descansa. Nem o PIG nem o PCG, o Partido da Casa Grande, e aqui me refiro aos partidos que se rebelam contra as cotas, contra os negros, contra os pobres, contra os índios.

É, senhor presidente, o PIG não descansa. E nesse momento está seguindo religiosamente as diretrizes tiradas pelo Instituto Millenium, sobre o qual falaremos nesse pronunciamento.

Agora, além de requentar matérias antigas, que não mereceriam mais quaisquer suítes, resolveu filosofar. E não foi em alemão. É verdade que filósofos que fizeram opções de direita não constituem novidade na história. No entanto, eram bem melhores que aqueles que atualmente a mídia contrata, constrói ou requisita para tentar dar alguma substância ao delirante cenário que pretendem construir.

E querem construir o mesmo cenário anterior e quando me refiro a anterior, recuo um pouco no tempo, e lembro de leituras referentes ao Corvo como era chamado Carlos Lacerda. Lá atrás, com Getúlio, a UDN construiu um cenário em que tudo era corrupção, e a UDN era o próprio falso moralismo, sem qualquer autoridade para perorar sobre moral, e Lacerda aparecia como a sua grande vestal. Há hoje vários simulacros de Lacerda, inclusive na filosofia de que a mídia resolveu se valer agora.

Essa tentativa de filosofar para dar consistência ao PIG ganhou contornos concretos com a realização de seminário realizado pelo Instituto Millenium, em São Paulo,no dia 1º de março deste ano, que custou R$500,00 a cada participante, juntou coisa de 180 pessoas, e contou com a participação de Otavinho (Otávio Frias Filho, do grupo Folhas), de Marinho (Roberto Irineu Marinho, da Globo) e, ainda, representantes da Rede Sul Brasil e do Estado de S. Paulo, entre outros. Em síntese, toda a direção central do PIG. Além de uma parte da intelectualidade de direita.

Os filósofos Roberto Romano e Denis Rosenfield quase recuperaram, talvez inconscientemente, e a modo deles, a abertura de um dos mais importantes manifestos da história e dos mais lidos do mundo , o Manifesto Comunista, de Marx. Romano, de modo especial, o conhece bem. Foi, quando dominicano, próximo da Ação Libertadora Nacional, dirigida pelo comandante Carlos Marighella, notável dirigente comunista. Ali, naquele momento, suspeita-se, Romano simpatizava com as idéias comunistas. Mudou.

Na abertura do Manifesto Comunista, o mais famoso manifesto da historia, Marx dizia que um espectro rondava a Europa, o espectro do comunismo. Os novos filósofos, de diversas maneiras, disseram, no seminário do Millenium, e o fizeram com palavras mais assustadoras, que um espectro ronda o Brasil, o espectro do bolchevismo, encarnado num PT de nítida tendência bolchevo-estalinista.

O Romano, não se sabe se recorrendo a Freud, se a Richard Sennet, se a Jung, chegou a dizer que militância causa corrosão de caráter isso mesmo, senhor presidente, corrosão de caráter. O partido de militantes, esse PT infernal, causa corrosão de caráter. Já não se fazem romanos como antigamente.

O militante, na visão originalíssima de Romano, só se reporta ao Chefe, abdicando de qualquer autonomia. Transforma-se num autômato, disposto a cumprir ordens, sem discuti-las. É o admirável mundo novo de Romano, quem sabe inspirado também em Aldous Huxley. Naturalmente, Romano fala do PT e de seus militantes. Fala de um PT imaginário, inspirado pelo bolchevismo-estalinismo, recuperado lá das profundezas da Revolução Russa e da tradição da III Internacional.

O PT, nessa visão romana, seria um partido essencialmente antidemocrático, que espera ansiosamente para dar o pulo do gato e acabar com a democracia e a liberdade de imprensa. Seria, para nos aproximarmos mais da América Latina, e foram tantos os oradores do Seminário do Millenium que disseram isso, um partido chavo-fidelista, partidário de Chávez e de Fidel, dos modelos venezuelano e cubano. Um partido, o nosso, sempre pronto a golpear as instituições democráticas. Anotem as sandices, pensem no quanto é delirante esse raciocínio político-filosófico.

Digo tudo isso, recupero tudo isso, senhor presidente, para mostrar o quanto as teorias romanas são caricatas, absurdas, indigentes, superficiais, movidas por um ódio de classe bastante transparente, do quanto o professor Romano foge da realidade do que seja o PT.

Do ponto de vista político, os participantes do seminário entoaram o samba de uma nota só. Contra Lula, contra o PT, contra Dilma. Contra Chávez. Contra Lula. Contra Rafael Correa.

Ali havia Arnaldo Jabor, também ex-comunista. Havia Reinaldo Azevedo. Havia Demétrio Magnoli. Havia Carlos Alberto Di Franco, do Estadão e da Opus Dei. E a fina flor da direita midiática latino-americana, como o âncora de televisão equatoriana, Carlos Vera (Ecuavisa), que chegou a dizer que o presidente Rafael Correa foi eleito por prostitutas, ou o dono da RCTV, que tentou o golpe contra Chávez em 2002, Marcel Granier. Era uma espécie de Internacional Latino-Americana do PIG.

O mérito desse encontro, e faço esforço para encontrar mérito, foi que entoaram o samba de uma nota só, romana e politizada, como já disse. Disseram todos, e claramente, que a mídia tem lado, que é contra Dilma, que éa favor de Serra.

Demétrio Magnoli disse que se o Serra ganhasse faríamos uma festa em termos de liberdades. Mas, confessou, a perspectiva é que a Dilma vença. Por ter uma avaliação da correlação de forças, é que esse seminário conclamou todos à luta.

Jabor foi claro: é preciso discutir como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo. Essa é a versão mais recente do que dissera o presidente do então PFL, Jorge Bornhausen, em 2005, que propugnara acabar com essa raça por 30 anos. Essa raça éramos nós, o PT. E por caprichos da história, ou por ironia, foi o PFL, em fase terminal, que teve de mudar de nome para DEM, que hoje ainda luta para sobreviver.

Coisas do povo brasileiro, que sabe hoje distinguir quem é quem na vida política brasileira. Que tem maturidade para isso.

Para o PIG, que tem agora esse Instituto Millenium para ecoar o seu ponto de vista, que chama filósofos para tentar dar lastro ao seu pensamento, trata-se, na essência, de fazer política. Política de direita, para dizer o óbvio. Política para tentar evitar a vitória da ministra Dilma, que apavora o PIG neste momento, ao já empatar com o governador Serra. O PIG entrou de corpo e alma na campanha de Serra, como as evidências de quaisquer coberturas indicam. Como a construção fantasiosa de escândalos aponta. Logo depois da reunião do Millenium, a tropa perfilada do PIG subiu o tom e se dedicou a aplicar com rigor as diretrizes tiradas no encontro.

O PT e as forças democráticas não podem se iludir, não tem o direito de se iludir: a mídia hegemônica está em campanha e, insista-se, tem lado. Quanto à sua natureza partidária, digo isso há muito tempo. E o faço como jornalista e como professor de comunicação. O Seminário do Millenium não foi a senha para a abertura da campanha contra o PT, contra Lula, contra Dilma. Isso existe desde sempre. Ele apenas teve o mérito de deixar o reinu. A campanha é feita pelo PIG cotidianamente, sem descanso.

O já folclórico Reinaldo Azevedo deixou o rei mais nu, e ainda mais obsceno. Segundo ele, é preciso acabar com essa pretensão à isenção, à imparcialidade, essa coisa de ouvir os dois lados. Sóesqueceu de dizer que isso, para a mídia dominante, para o PIG, não existe há muito tempo. É só olhar para a matéria requentada da Veja sobre o tesoureiro do PT em que ela não ouve o João Vacari Neto uma única vez.

E a campanha é dura, sem critério, sem quaisquer cuidados. O Estadão, nos últimos dias, numa agressão falsa e despropositada, desrespeitosa, chama o PT de partido da bandidagem, numa estratégia clara de tentar desgastar o partido mais importante do Brasil, aquele mais bem avaliado pelo povo brasileiro em qualquer pesquisa. A mídia brasileira édas mais partidarizadas do mundo, insisto nisso, e ela tem sempre um lado claro, como tenho dito com absoluta freqüência.

O PIG, repita-se, tem lado, e é esse partido, contrariamente ao que diz o Instituto Millenium, que ameaça, e seriamente, a democracia no Brasil ao pretender-se a voz única da Nação e ao impedir, ou tentar sempre, a emergência de tantas outras vozes e interpretações da realidade brasileira, ao tentar sempre, quando seus interesses são contrariados, derrubar ou desestabilizar governos legitimados pelas urnas e que defendam os interesses populares.

A Conferência Nacional de Comunicação expressou tudo isso claramente e seria correto afirmar que os gatos pingados do Millenium tentaram ser um contraponto àquele fórum democrático, que reuniu mais de mil pessoas, todas eleitas, num processo que aglutinou milhares de brasileiros.

Volto a dizer: os ataques dos últimos dias estão seguindo as diretrizes tiradas durante o Seminário do Millenium, que orientou para a intensificação da campanha contra o governo Lula, contra o PT e contra a candidatura da ministra Dilma.

Devo, ao final, dar uma palavra sobre o meu partido, o PT, diante do festival de besteiras romanas e magnólias ditas pelos tantos participantes do Millenium. O PT, desde o seu alvorecer, desde o seu nascimento, colocou-se filosófica e politicamente como um partido democrático, postulando, como óbvio, transformações profundas na sociedade brasileira, mas insistindo que tais transformações deveriam se dar no leito da vida democrática, exclusivamente.

O PT nasceu como partido de massas, democrático, avesso a quaisquer ditaduras, com espaço amplo para os debates internos. Nunca teve nada a ver com centralismo democrático ou com ditadura do proletariado. Não pede licença para ser democrático e socialista. Para lutar pela democracia e pelo socialismo. Para não se render a uma mídia nitidamente golpista, contra a qual luta.

E chegou à presidência da República por ter conquistado os corações e mentes do povo brasileiro, num insistente e democrático trabalho de convencimento, fazendo política no amplo sentido da palavra.

Esse seminário do Millenium só reforça nossas convicções de que a luta pela democratização da comunicação no Brasil é essencial. Que não podemos nos conformar com o fato de que meia dúzia de famílias, alguns poucos monopólios, pretendam ser os intérpretes do Brasil, dispostos sempre ao golpe contra governantes legitimados pelas urnas quando estes não correspondam aos seus interesses. Foi assim com Vargas. Foi assim com Goulart. Tem sido assim com Lula. Será assim com Dilma.

O povo brasileiro, no entanto, especialmente nesses últimos tempos, tem sabido discernir perfeitamente o que é verdade e o que é mentira, o que é real e o que é manipulação. Não fosse assim, e Lula, como já o dissemos, não teria vencido por duas vezes. Agora, novamente, ancorados na sabedoria do nosso povo, na força do PT e dos partidos aliados, iremos fazer de Dilma nossa presidenta. Ela está pronta para conduzir o terceiro mandato desse extraordinário projeto emancipador, libertador, democrático e popular que estamos conduzindo no Brasil desde 2003.

Muito obrigado.

Fonte: Blog Conversa Afiada.

Blog do Miro: Contra Dilma, "Veja" apela para bandidos

por Altamiro Borges, em seu blog

A Casa Millenium, que reúne a lama da direita midiática nativa, deveria instituir um prêmio para os seus freqüentadores mais sádicos. A revista Veja já é uma forte concorrente. Logo após o seu convescote, ela já produziu duas capas espalhafatosas contra a campanha de Dilma Rousseff. Na primeira, utilizou como “fonte primária” o promotor José Carlos Blat, que foi desautorizado pela Justiça de chofre. Já nesta semana, ela acionou Lúcio Bolonha Funaro, famoso doleiro do rentista Naji Nahas e “sócio” do ex-governador José Roberto Arruda, que permanece preso em Brasília.

As denúncias requentadas do promotor não duraram uma semana. O juiz Carlos Eduardo Franco negou o pedido de Blat de bloqueio das contas da Cooperativa Habitacional dos Bancários e até recusou a quebra do sigilo bancário do ex-presidente da Bancoop, João Vaccari. No despacho, o juiz argumenta que as denúncias de Blat não podem ser “contaminadas” pelo ambiente eleitoral e nem servir à manipulação da sociedade. A revista Veja, que já havia arquivado a sua reportagem de fevereiro de 2005 com relatos dos podres de Blat, preferiu agora ocultar a bronca do juiz.

A ficha suja de Funaro

Mas a famíglia Civita não dará sossego a Dilma Rousseff e seguirá a estratégia traçada nas orgias da Casa Millenium. Para isto, usará os expedientes mais torpes, como ouvir notórios bandidos. A “fonte primária” da Veja desta semana, Lúcio Funaro, tem vastíssima ficha policial. No passado, esteve metido no escândalo do Banestado. Já na Operação Satiagraha, a Polícia Federal o acusou de doleiro Naji Nahas, responsável por remessas ilegais de dinheiro ao exterior. Só não foi preso porque Gilmar Mendes, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, deu-lhe habeas corpus.

Lúcio Funaro também se lambuzou no escândalo do “mensalão do DEM” de Brasília. Em duas investigações assumidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, ele é citado como pivô da remessa de altas somas para contas de firmas de fachada. A Operação Tucunaré revelou que sacolas de dinheiro eram distribuídas em hotéis do Distrito Federal. A empresa Royster Serviços, de Lúcio Funaro, seria uma das beneficiadas no esquema de corrupção do ex-governador demo José Roberto Arruda – o badalado “vice-careca” do tucano José Serra.

Ligações do doleiro com Serra

Apesar da sua ficha suja, a Veja requentou as denúncias de Funaro contra a Bancoop. Temendo a prisão, ele as apresentou em 2005, mas elas foram rejeitadas pela Justiça. Segundo João Vaccari, que novamente não foi ouvido pela Veja, “passados cinco anos, nunca fui chamado para prestar esclarecimentos no Ministério Público Federal, que não propôs ação contra mim”. Para ele, a nova “reporcagem” é mais um ataque “sem fundamentos ou provas”, que visaria influenciar a eleição presidencial deste ano – conforme a tática traçada no convescote da Casa Millenium.

Mas o desespero da famíglia Civita pode respingar no seu próprio candidato. A “fonte primaria” da Veja pode reabrir antigas feridas de José Serra, que teria repassado informações privilegiadas ao doleiro Naji Nahas na venda de ações da empresa paulista de energia. Na ocasião, uma escuta telefônica da Polícia Federal ouviu o doleiro se jactando de que poderia ganhar “80 paus” (R$ 80 milhões) com a venda de ações. Sem papa na língua, ele revelou que “soube pelo próprio Serra a confirmação de que a Cesp seria privatizada”. Será que a Veja irá atrás desta história?

segunda-feira, 15 de março de 2010

MAIS UMA QUE A MÍDIA TUCANA NÃO DIVULGARÁ
Em um momento que a mídia oposicionista (brasileira) e a oposição manipulam informações, criam factoides, requentam notícias e fazem todo tipo de esforço para dizer que o governo Lula tem uma ligação direta com a corrupção no país, a Polícia Federal divulga números que desmoralizam a intenção dos oposicionistas e mídia demotucanos.
Foram quase 30.000 mil casos investigados (29.839), destes, 13.978 apuram casos de peculato (apropriação de dinheiro público); 3.649 investigam prevaricação (autoridade deixa de cumprir ato de ofício por interesse próprio); 3.488 casos por corrupção passiva; 3292 investigam fraudes em licitação; 2.240 são por corrupção ativa. Foram presos ainda, 13.024 suspeitos, destes, 5.138 apenas em 2008 e 2009, segundo o relatório da PF.
Esses números desmascaram a mídia golpista que tenta empurrar para o povo brasileiro, a mentira de que não há combate a corrupção neste país. A falta de investigação e a complacência com a corrupção ocorreram no período governado pelo PSDB e continua em São Paulo, onde mais de 9o pedidos de CPIs foram engavetados pelos governos tucanos. No governo Lula, existe investigação e "ricos, loiros e de olhos azuiz" vão para a cadeia, apesar da mídia não querer.

domingo, 14 de março de 2010

A GUERRA DA MÍDIA

Excelente o artigo que leio no Blog, "O Escrinvinhador", do Rodrigo Viana que traz o texto do jornalista Mauro Carrara. Leia abaixo:

Mauro Carrara, a mídia e a "Tempestade no Deserto"



Mauro Carrara escreve sobre uma operação que, claramente, já está em curso.

Passado o Carnaval, os setores ligados aos tucanos - na grande mídia - se desesperaram. A sequência de notícias ruins para eles, desde o fim do ano passado, é impressionante: enchentes em São Paulo, Arruda preso, o DEM desmoralizado, o PSDB sem discurso diante da recuperação da economia. Para completar: Serra caiu e Dilma subiu nas pesquisas.

A oposição ao governo Lula bateu os tambores no convescote organizado pelo Instituto Millenium. Ao perceber que os partidos de oposição caminhavam para a anomia, os donos da mídia asumiram o controle da oposição. E as manchetes, capas e títulos distorcidos se avolumam.

É guerra. É a tempestade no deserto - como explica Mauro no texto abaixo..

Pesquisa IBOPE saiu a campo (coincidência, em se tratando do IBOPE?) na última semana, em meio à tempestade de manchetes anti-governistas. Resultado deve ser divulgado nos próximos dias, pela CNI.

Toda a esperança dos tucanos da mídia é que Serra tenha conseguido estancar a sangria dos votos. Aparentemente, não conseguiu. Há informações de que Dilma já aparece (numericamente) à frente de Serra, apesar de a situação (ainda) caracterizar empate técnico: leia sobre isso no Vermelho - http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=125750&id_secao=1.

Nos próximos meses, entraremos num ritmo frenético, parecido com o de 2005 - quando setores da mídia tentaram derubar Lula. Agora, sabem que não podem derrubá-lo. Mas bastaria a eles arranhar a imagem do PT, e vender a idéia de de que "Lula a gente tolerou, mas Dilma - a terrorista - não vai chegar lá".

Ninguém pode ser ingênuo. Essa campanha está articulada a interesses internacionais. Não do núcleo do governo de Obama, mas de setores da extrema-direita dos EUA que seguem alojados na máquina de governo em Wasgington, e que assumiram a tarefa de barrar a "subversão" na América Latina. Essa gente da mídia no Brasil é articulada com o que há de mais reacionário nos EUA.

A guerra será violenta - como diz o Mauro Carrara, abaixo. Fiquem com o texto dele...

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Operação “Tempestade no Cerrado”: o que fazer? - por Mauro Carrara

(O PT é um partido sem mídia... O PSDB é uma mídia com partido).

“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.

A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.

Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.

A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.

As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.

1) Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.

2) Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.

3) Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.

4) Elevar o tom de voz nos editoriais.

5) Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.

6) Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.

7) Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.

8) Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.

Quem está por trás

Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.

É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.

A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.

Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdo

As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.

Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.

Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.

Criam deturpações numéricas.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso.

Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.

O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.

Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.

A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.

A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.

Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.

É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.

Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.

É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.

Crimes anônimos na Internet

Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.

Três deles merecem destaque...

1) O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.

2) Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.

3) O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.

O que fazer

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.

Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.

São cinco as tarefas imediatas...

1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor.

sexta-feira, 12 de março de 2010

JÁ NÃO DÁ PARA ESCONDER A FARSA ELEITORAL DA VEJA
A Veja extrapola o limite do bom senso, esquece até das acusações feitas ao Promotor Blat no passado e o traz como sujeito de uma peça jornalística para requentar o caso Bancoop. Leiam, o que disse o Gustavo Barreto trazendo à tona, reportagem de 2006:

blat

Por Gustavo Barreto

É no mínimo curioso que o promotor de Justiça José Carlos Blat, fonte primária da “reportagem” da VEJA contra o PT no último domingo (edição de 10/03/2010), já tenha pedido à própria VEJA ressarcimento por danos morais no valor de R$ 20 mil, alegando que a revista extrapolou o direito de liberdade de informação e violou a sua honra, ao qualificá-lo como “pioneiro da era dos promotores heróis”.

A matéria que causou o litígio entre Blat e VEJA é de 5 de fevereiro de 2006, sob o título “Intocável sob suspeita”, e sustento ser importante começar por este relato para chegar ao caso atual da BANCOOP. Abordava processos administrativos aos quais o promotor respondia no Ministério Público de São Paulo. Blat perdeu: “(…) Duarte Camacho [juiz da 4ª Vara Cível de São Paulo] entendeu que a revista apenas noticiou um inquérito verídico que envolvia uma figura pública”. Cabia recurso.

Relatou o juiz na sentença de dezembro de 2008: “Os procedimentos administrativos narrados na reportagem são verdadeiros. A reportagem divulgou a notícia dos procedimentos administrativos respondidos pelo autor porque o autor é um profissional que, freqüentemente, está na mídia em razão do seu trabalho”. E ainda: “O magistrado ressaltou que, assim como os grupos criminosos que o promotor combate estão expostos aos holofotes da mídia, Blat também deveria estar acostumado a ser notícia”. (Última Instância, viaJusBrasil, dez/2008)

ACUSAÇÕES CONTRA BLAT

Na edição citada, os “procedimentos administrativos respondidos pelo autor”, segundo o juiz, são os seguintes:

ACUSAÇÃO 1: “(…) Em 1998, entrou para o Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do qual foi afastado em 2004, em circunstâncias confusas. A Corregedoria o investigava por uma tentativa de livrar-se de multas no Detran e por um episódio estranho em que um carro oficial do Gaeco foi apreendido fora da cidade de São Paulo – com um criminoso ao volante. No fim de 2004, a Corregedoria do Ministério Público decidiu levar essas investigações a fundo. Ouviu o depoimento de onze pessoas, entre elas quatro promotores. Com base nesses depoimentos e em documentos levantados, a Corregedoria disse ter encontrado indícios de crimes mais graves.”

ACUSAÇÃO 2: “(…) As primeiras investigações contra Blat colocaram em xeque suas ações contra desmanches de veículos roubados. Promotores afirmaram que uma seguradora de veículos indicava quais locais deveriam ser invadidos e quem deveria ser preso. Nessas ações três funcionários dessa seguradora apresentavam-se como peritos. Todo o estoque era apreendido e, em vez de seguir para a polícia, a maior parte das peças era desviada para um depósito de terceiros.”

ACUSAÇÃO 3: “(…) Blat também foi acusado de proteger o contrabandista chinês Law Kin Chong, preso em São Paulo. Em 2002, quando participou de uma força-tarefa antipirataria, ele teria dirigido o foco da investigação somente contra os pequenos contrabandistas, deixando Law livre para atuar. Uma advogada que trabalhava para o contrabandista visitava Blat periodicamente no Gaeco.”

ACUSAÇÃO 4: “(…) As investigações descobriram ainda que Blat mora num apartamento de Alfredo Parisi, que já foi condenado por bancar o jogo do bicho. Blat admite que, antes de se tornar promotor, foi sócio do filho de Ivo Noal, outro banqueiro do bicho, numa loja de conveniência – o que não é crime.”

ACUSAÇÃO 5: “(…) Os bens do promotor também entraram na mira da Corregedoria. Segundo os depoimentos, Blat comprou de uma só tacada dois carros importados e blindados. A Corregedoria recebeu uma denúncia de que um apartamento no Guarujá também seria de Blat. Mais tarde, descobriu-se que, na verdade, estava em nome do ex-sogro do promotor, René Pereira de Carvalho, um procurador de Justiça. Carvalho tentou pagar 200 000 reais em dinheiro vivo, mas, diante da recusa da vendedora, usou cheques administrativos. A origem dos recursos não foi esclarecida. Por isso foi aberto um inquérito específico sobre seu patrimônio.”

A Revista VEJA conclui:

“(…) Sobre Blat pesam também as seguintes suspeitas: usar veículos e pessoal do Gaeco para interesses pessoais, negociar com um delegado a liberação de seu pai, que teria sido preso em flagrante por armazenar bens roubados, abuso de autoridade, truculência e suspeita de enriquecimento ilícito.

É possível que Pinho esteja correto, e que nenhum crime tenha sido cometido. No entanto, por muito menos, políticos e empresários são duramente investigados pelo Ministério Público paulista – é o caso do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Enquanto seu destino no Ministério Público não é definido, Blat já traça outros planos. Disse a VEJA: “Eu me desiludi com o Ministério Público. Estou pensando em me candidatar a deputado federal”.

Isso foi em 2006. Blat estava pensando em virar político, oficialmente.

Fonte: Blog do Ailton Medeiros.

ASSIM AGE O SERRA

ASSIM AGE O SERRA
Reproduzo abaixo, matéria publicada no Blog "Os Amigos do Presidente Lula" que mostra a forma desrespeitosa com o governo Serra age, não foi a primeira vez que a polícia do Serra já tentou impedir manifestações, até de moradores que tiveram suas casas alagadas e destruidas e que procuraram em forma de protesto, garantir os seus direitos.

José Serra tentou impedir manifestação dos professores em greve


Os professores e funcionários da rede estadual de educação de São Paulo realizam manifestação perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Avenida está ocupada nos dois sentidos. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirma que cerca de 30 mil pessoas participam da manifestação.

Na noite de quarta, dia 10, a CET recomendou ao sindicato dos professores que a realização da manifestação dos professores da rede estadual de São Paulo, pela Apeoesp, tivesse o local alterado devido aos transtornos que a ocupação parcial ou total das faixas e calçadas da Avenida Paulista poderia causar.
Após a recusa do sindicato, a CET encaminhou um o Ofício com a solicitação da mudança ao Ministério Público que decidiu, através do Promotor José Carlos de Freitas, não impedir a manifestação.

O promotor analisou o Ofício da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e afirmou que não tem como impedi os professores de exercer o direito constitucional. "Juridicamente eles estão correto,afirmou.
A Apeoesp comunicou a CET com antecedência sobre a manifestação que deve ficar no limite do vão livre do Masp. Segundo o Promotor, isso por si só, não causa violação aos direitos. Se a manifestação passar do limite do vão livre como o estipulado, o Ministério Público vai ingressar com ação e a Apeoesp será punida,disse José Carlos de Freitas.
A greve
Professores da rede estadual de São Paulo estão em greve por tempo indeterminado, informou o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do estado. De acordo com boletim enviado à imprensa pelo sindicato, a greve foi aprovada em assembleia na última sexta-feira (5).
De acordo com o texto, a categoria reivindica reajuste salarial imediato de 34,3%, incorporação de todas as gratificações, plano de carreiras e concurso público.
Em carta aberta à população, a diretoria do sindicato informou que 100 mil professores (cerca de 48% do total) são temporários e defendeu a realização de concursos públicos.
"Estamos em greve por tempo indeterminado, até que o governo negocie conosco o atendimento de nossas reivindicações em busca da melhoria da escola pública".
Fonte: Blog Amigos do Presidente Lula.
JUIZ IMPEDE JOGO POLÍTICO COM O BANCOOP
O Juiz de Direito Carlos Eduardo Lora Franco, mandou que o promotor Blat parar de fazer política com um processo que corre na justiça. Como já mostramos em outro post, a Veja, foi o veículo escolhido para iniciar a campanha de acusação ao PT pelo caso Bancoop, que diga-se de passagem, foi notícia requentada como pudemos comprovar, já que o caso data de 2006. Acredito que esta estratégia tem tudo a ver com o forum realizado pelo Instituto Millenium, do qual tirou-se o objetivo de impedir a eleição da Dilma. O limite da seriedade jornalística foi ultrapassada e a justiça interviu para que o caso, que está na justiça, não servisse de artimanhas políticas contra qualquer candidato ou partido. Vejam o despacho do Juiz Carlos Eduardo Lora Franco:

Íntegra do despacho que mandou o promotor Blat parar de fazer política no caso da Bancoop

Inicialmente não se pode desconsiderar a repercussão política que a presente investigação passou a ter a partir do momento em que o teor do requerimento do Ministério Público de fls. 5649 e ss. veio a ser divulgado pela imprensa no último final de semana, antes mesmo que fosse apresentado em juízo. E isso porque, faltando cerca de apenas sete meses para as eleições presidenciais, uma das pessoas de quem foi requerida a quebra de sigilo (João Vaccari Neto) estaria sendo indicado como possível integrante da equipe de campanha da virtual candidata do partido atualmente ocupante da Presidência da República.

Tal contexto, porém, apenas reforça ainda mais a necessidade de cautela e rigor no exame dos requerimentos formulados, justamente para que tal atmosfera política não venha a contaminar a presente investigação ou, noutro sentido, que esta não venha a ser utilizada por terceiros para manipulação da opinião pública por propósitos políticos.

O Ministério Público e o Poder Judiciário são, antes que tudo, instituições de Estado, e não de governo. Assim, é imprescindível que sua atuação fique acima de circunstâncias ou convicções políticas.

E não basta que cada integrante destas instituições exclua internamente suas convicções políticas de influência em suas atuações. É imprescindível também que fique absolutamente claro, para toda a sociedade, que suas atuações são isentas de outros interesses que não os decorrentes de suas próprias atribuições institucionais.

Em analogia ao dito popular, não basta ser honesto; é preciso parecer honesto. Ou, no caso dos autos, não basta ser isento, é preciso parecer isento.

Portanto, a partir do momento em que este inquérito passou a ter tamanha repercussão política, é preciso que cada decisão ou providência tomada esteja ainda mais firmemente embasada em elementos de prova e de direitos sólidos e claros.

A manifestação apresentada pelo Ministério Público descreve uma série de fatos e circunstâncias, narrando como seria o suposto esquema de desvio de valores da Bancoop, inclusive para fins de financiamento ilícito de campanhas políticas.

Porém, não há em tal manifestação a indicação clara e precisa dos elementos de prova dos autos que sustentam tal narrativa, bem como os pedidos formulados.

E, sendo este um feito bastante complexo, já com 26 volumes (mais de 5.600 páginas), além de 59 anexos, como citado pelo próprio Ministério Público, é imprescindível que indique de forma discriminada e detalhada os elementos que sustentem cada uma de suas afirmações.

A manifestação cita, por exemplo, que “aproximadamente 40% da movimentação das contas correntes de titularidade da Bancoop tiveram recursos sacados em dinheiro na própria agência bancária” (fls. 5652), mas como base para tal alegação indica apenas um cheque, no valor de R$ 50.000,00, sem sequer citar em que volume ou apenso, e folha, consta tal informação. Cita, ainda, que numa avaliação, entre 2001 e 2008, teria constatado que os valores assim circulados chegariam a R$ 18.000.000,00, mas novamente não há indicação precisa da fonte de tais informações.

Tem-se, portanto, como imprescindível que os autos tornem ao Ministério Público para que indique com precisão quais os fundamentos de cada uma de suas afirmações que invoca como razões para os pedidos formulados.

E isso para que, como dito, fique bem claro para toda a sociedade que os pedidos e as decisões estão fundados apenas em elementos e razões contidas nos autos, e são efetivamente necessários e oportunos, neste momento.

E não é demais dizer que tal providência naturalmente incumbe ao órgão requerente. Os fatos, com respectivos fundamentos, devem ser apresentados pela parte ao Magistrado, para que então possa decidir.

Se assim não for, atribuindo-se ao Juiz a obrigação de investigar as provas para buscar os elementos que sustentem a acusação, óbvio que perderá seu olhar imparcial.

É verdade que a fls. 5648 v., item 3, o Ministério Público alegou que apresentaria planilhas sobre a movimentação bancária oportunamente.

Porém, tais planilhas, além de outras informações, são imprescindíveis para o próprio conhecimento da maior parte dos pedidos apresentados. E das providências pedidas (excluída apenas a que é manifestamente descabida e fica já rejeitada como abaixo indicado), tais como a oitiva de pessoas e solicitação de informações bancárias, nenhuma delas corre risco de perecimento, não sendo urgentes a ponto de ensejar a necessidade de apreciação antes dos esclarecimentos determinados.

Por outro lado, e sem prejuízo dos esclarecimentos a serem prestados pelo Ministério Público, observo que há alguns pedidos que já podem de plano ser apreciados, e deferidos ou não.

Quanto ao item 1 de fls. 5659 (expedição de ofício ao Banco Bradesco para que forneça toda a movimentação do fundo FDIC - Bancoop), observo que a vinda de tais informações desta natureza já havia sido determinada a fls. 5507, mas requisitada à empresa Planner Corretora de Valores S/A, que respondeu a fls. 5518/5521 informando que quem poderia prestá-las seria o Banco Bradesco, por ser o atual banco custodiante. Assim, o ofício ora pretendido nada mais é do que o que já havia sido antes deferido.

Já, quanto ao item 6 (bloqueio imediato de todas as contas bancárias, fundos e aplicações da Bancoop), observo que é manifesto seu descabimento e despropósito nestes autos, sendo de rigor o pronto indeferimento.


Ora, é informação disponível na internet, e que foi também trazida a estes autos pela própria Bancoop após o requerimento ministerial, de que foi proposta pelo próprio Ministério Público uma ação civil pública (autos n° 583.00.2007.245877-1, da 37ª Vara Cível do Fórum Central - fls. 5701/5720) contra a cooperativa e que nesta houve um acordo homologado judicialmente em março de 2009 estabelecendo uma série de providências a serem adotadas para garantia dos cooperados, inclusive pela realização de auditorias. Evidente, portanto, que a administração da cooperativa, se foi temerária em algum momento, ao menos agora está sendo acompanhada pelo Ministério Público, e que foram tomadas medidas saneadoras (ao menos é o que se deve presumir pelo próprio fato de o Ministério Público ter firmado um acordo nesse sentido).

Nesse panorama, o pedido feito pelo Ministério Público nestes autos (bloqueio de todos os valores da Bancoop) implicaria, basicamente, na imediata interrupção de todas as suas atividades, com prejuízo evidente não só para todos os seus cooperados, como, por exemplo, impedimento até do pagamento dos salários dos funcionários da cooperativa. E tudo isso baseado apenas num retrato do passado, que é o que se tem nestes autos, e não do presente, que é o que deve estar sendo acompanhado pela Promotoria de Justiça do Consumidor, na citada ação civil pública.

Por outro lado, se a situação atual recomendar tal medida, o que só poderá ser perfeitamente conhecido no âmbito daqueles autos e da Promotoria do Consumidor, é naquela esfera que tal providência deve ser requerida.

Evidente, portanto, que não tem como ser acolhido.

Ante o exposto,assim decido:

1- Defiro o item 1 de fls. 5648 (desentranhamento de alguns documentos para juntadas em apensos, para melhor organização);

2- Defiro a expedição do ofício requerido no item 1 de fls. 5659 (obtenção de informações da movimentação financeira do fundo FDIC-Bancoop);

3- Indefiro de plano o requerido no item 6 de fls. 5661 (bloqueio de todas as contas da Bancoop);

4- Determino que tornem os autos ao Ministério Público para que complemente seu requerimento, indicando de forma clara e detalhada quais os fundamentos dos autos para suas alegações, e especialmente:

a- Apresente um quadro com planilhas indicando em resumo quais os valores recebidos pela Bancoop em cada um dos meses (sua entrada) e quais os cheques que teriam sido emitidos e descontados diretamente no caixa, sem indicação do destinatário, informando seu valor, data de desconto, e folha, volume e apenso dos autos no qual consta a informação, demonstrando que superam R$ 18.000.000,00 e 40% da movimentação da cooperativa, como alegado;

b- Apresente quadro, nos mesmos termos, referente à movimentação entre a Bancoop e a Germany, indicando também a origem nos autos da informação de que as empresas Germany e Mizu/Mirante eram fornecedoras exclusivasda Bancoop, demonstrando especialmente o grau vinculação da Mizu com a Bancoop, que levou à alegação de que o esquema de desvio se destinava ao financiamento político, demonstrando assim a alegação de “confusão negocial” entre as empresas (3° par. de fls. 5653);

c- Apresente um resumo, indicando as folhas dos autos que contenham tais informações, sobre quais os integrantes da Diretoria da Bancoop em todo o período investigado, bem como quais deles já tiveram seu sigilo quebrado, ou assim requerido, nestes autos, e demonstrando as razões da opção, agora, pelo pedido de quebra de sigilo especificamente de João Vaccari Neto e Ana Maria Érnica[1];

d- Esclareça a conveniência da oitiva de tais pessoas pela autoridade policial nesse momento (tem 5 de fls. 5661), e não após eventual vinda das informações bancárias, quando então poderão ser indagados e esclarecer também sobre o que eventualmente se revelar;

e- Em complementação ao quadro de item ‘c’ supra, apresente um quadro informando os sócios de cada uma das empresas citadas a fls. 5650 e 5651 (Germany e Mirante), indicando quais pertencem aos quadros da Bancoop, e indicando as fls. dos contratos sociais nos autos;

f- Esclareça a pertinência quanto ao pedido do item 2 nestes autos (cópia de cheques de R$ 20.000,00 e R$ 1.200,00 de titularidade da Mizu, que teriam sido dados em doação para o Partido dos Trabalhadores), posto que, em tese, se trata de fato a ser apurado pela Justiça Eleitoral.

Com o atendimento de todo o acima, tornem conclusos.

Int.

São Paulo, 12 de março de 2010.

Carlos Eduardo Lora Franco

Juiz de Direito

[1] Tais esclarecimentos são especialmente convenientes para a transparência acima citada quanto à oportunidade de tal requerimento, dado o momento do calendário eleitoral, evitando qualquer interpretação política que terceiros venham querer emprestar-lhe.

quinta-feira, 11 de março de 2010

MAIS UM FACTOIDE

MAIS UM FACTOIDE DESMENTIDO
A revista "veja" vem esta semana com uma matéria requentada, pois o caso é de 2006, mas como precisam assumir o papel de oposição, já que esta é incompetente e incapaz de produzir propostas convincentes, buscam de todas as maneiras atacar o governo ou o PT e trazem o caso da Bancoop, contando com a valorosa colaboração do Promotor José Carlos Blat. Agora vejam o que a Justiça de São Paulo decidiu sobre o pedido de bloqueio de contas da Bancoop:
"A Justiça de São Paulo negou nesta quinta-feira (11) o pedido de bloqueio das contas da Bancoop e não autorizou a quebra do sigilo bancário do ex-presidente da cooperativa, João Vaccari Neto, atual secretário de Finanças do PT.

Os pedidos haviam sido feitos pelo promotor José Carlos Blat – que, sem base jurídica nem factual, tem usado a imprensa na tentativa de envolver o PT e seus integrantes no processo que investiga supostas irregularidades na administração da Bancoop, uma cooperativa habitacional ligada ao Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Em seu despacho, o juiz questionou porque o pedido de bloqueio só veio agora, passados mais de três anos do início da investigação. Quanto à quebra de sigilo, determinou ao promotor aponte, nos autos, os indícios que o levaram a fazer tal solicitação.

O juiz também negou o pedido de oitiva para ouvir Vaccari e outras pessoas. Segundo ele, para que eventualmente o inquérito chegue a essa fase, primeiro o promotor deverá prestar todos os esclarecimentos necessários."
Fonte: Vi o Mundo.

PRESOS POLÍTICOS?

Nos últimos dias, os jornais, revistas e jornalísticos da televisão pertencentes a grande mídia, vêm dando destaques as declarações do Presidente Lula à Associated Press sobre a greve de fome e mais uma vez, manipulam as declarações do Presidente como sempre fazem, visando jogar a opinião pública contra o mesmo. Lendo o Jornal "Hora do Povo", encontro este artigo que mostra o outro lado da moeda e que nem todos os chamados presos políticos em Cuba, são realmente presos políticos, muitos estão cumprindo pena por crimes comuns, mas a grande mídia engana e esconde fatos importantes para a informação dos seus leitores. Leia a seguir o que diz o artigo:

“Greve de fome não pode ser pretexto para liberar bandidos”, diz presidente

As declarações de presidente Lula à Associated Press de que o Brasil respeita as decisões do sistema judiciário de Cuba como quer ver respeitado o do Brasil gerou alvoroço e histeria na mídia colonizada local. “A greve de fome não pode ser um pretexto de direitos humanos para liberar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em SP entrarem em greve de fome e pedirem liberdade”, ponderou o presidente. Nada mais justo. Lugar de bandido é na cadeia. No entanto, os serviçais do império para tentar atingir a figura de Lula, estão transformando delinqüentes comuns, ladrões, assaltantes e traficantes cubanos em paladinos dos direitos humanos e em “dissidentes políticos”. Senão vejamos.

Guillermo Fariñas, atualmente em greve de fome, apesar de estar solto, foi integrante do bando do traficante Arnaldo Ochoa, e tem sobre si várias condenações criminais. Segue uma pequena ficha corrida do marginal: primeira condenação em 1995, quando agrediu uma funcionária do posto de saúde onde trabalhava como psicólogo. A segunda, em 2002, quando agrediu outra pessoa idosa usando um bastão, tão fortemente que tiveram de extrair-lhe o baço. Por isso, ele foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão, por um tribunal da cidade de Santa Clara. Desde então, vem usando greves de fome para “libertar presos”. Mesmo assim, ele ganhou, em dezembro de 2003, licença para cumprir a pena em liberdade.

O outro, Orlando Zapata, morto há alguns dias em consequência de uma greve de fome também nunca foi ativista político. Ele era um preso comum que iniciou a sua atividade criminosa em 1988. Foi julgado e condenado pelos delitos de “violação de domicílio” (1993), assalto a mão armada e “lesões com posse de arma branca”. Saiu em liberdade condicional no mês de março de 2003 e dez dias depois já cometeu um novo delito e voltou para a cadeia.

domingo, 7 de março de 2010

A INSENSATEZ DE UM PROCESSO ELEITORAL

A INSENSATEZ DE UM PROCESSO ELEITORAL
A que ponto chega a insensatez em um processo eleitoral. Esta semana, houve a votação do veto do governo a emenda da saúde de autoria do Deputado Paulo Davim. Vale lembrar, como se deu este processo na votação do orçamento em dezembro de 2009. A Emenda do Deputado Paulo Davim foi aprovada por unanimidade na votação do orçamento, passando despercebido pelos parlamentares um fato determinante, a emenda destinava 40 milhões de reais para revisão do Plano de Cargos e Salários dos Servidores da Saúde, escapando um detalhe, os recursos deveriam ser para reposição salarial dos servidores e estes recursos para pagamento de servidores, deveriam estar na rubrica manutenção e funcionamento pelas normas orçamentárias. Dai, ocorreu o veto. No julgamento do veto, alguns deputados perceberam o erro que cometeram e chamaram a atenção, onde houve um acordo, inclusive proposto pelo deputado Robson Farias, para que se mantivesse o veto e aprovassem o projeto de crédito suplementar enviado pelo governo na rubrica manutenção e funcionamento para que fosse garantido o direito a reposição salarial dos servidores, acordo este que contou com o entendimento e apoio do oposicionista José Dias que votou a favor da manutenção do veto. Na hora da votação, foi aprovada a derrubada do veto e sindicalistas e oposição comemoraram a derrota do governo. Ótimo, ponto para a oposição e para os sindicalistas, mas apenas do ponto de vista eleitoral, pois do ponto de vista da reposição salarial dos servidores, que é o que de fato importava naquele momento, estes sairam derrotados, pois não tem a garantia desta reposição. Este fato é a prova da absurda insensatez que um processo eleitoral leva. É muito melhor para estes (sindicatos e oposição), uma derrota política do governo, que renderá manchetes e noticiários nos jornais, rádios e televisões, do que a garantia dos recursos para o pagamento da reposição salarial dos servidores. É a história, ganhou mas não levou. Agora, resta começar tudo de novo. Buscar a construção de uma nova proposta para garantir os recursos para a reposição salarial dos servidores da saúde. A plateia aplaudiu o show, agora falta pagar, ai vem o prejuízo aos funcionários da saúde.
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Entre 1909 e 2003, foram criadas 140 Escolas Técnicas Federais no país. Com a chegada do Lula ao governo, este chegará 2010 com previsão de construção de 214 Escolas Técnicas Federais no país. Uma opção bastante clara do Governo Lula pela capacitação do jovem e do trabalhador no país, visando preparar a mão de obra para o Brasil do futuro. http: Acesse //blog.planalto.gov.br/educacao-profissional-em-expansao/trackback/
EXPANSÃO UNIVERSITÁRIA NO PAÍS
Em 2010 o país terá um total de 124 campi universitários. É a interiorização do acesso universitário no país, visando facilitar a vida dos estudantes do país.

terça-feira, 2 de março de 2010

O TERRORISMO MIDIÁTICO SERÁ ACENTUADO A PARTIR DE HOJE

O TERRORISMO MIDIÁTICO SERÁ ACENTUADO A PARTIR DE HOJE

Bia Barbosa: Grande mídia organiza campanha contra candidatura de Dilma

Em seminário promovido pelo Instituto Millenium em SP, representantes dos principais veículos de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia. Eles acreditam que se Dilma for eleita o stalinismo será implantado no Brasil. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, sentenciou Arnaldo Jabor.

por Bia Barbosa, em Carta Maior

Se algum estudante ou profissional de comunicação desavisado pagou os R$ 500,00 que custavam a inscrição do 1º Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo Instituto Millenium, acreditando que os debates no evento girariam em torno das reais ameaças a esses direitos fundamentais, pode ter se surpreendido com a verdadeira aula sobre como organizar uma campanha política que foi dada pelos representantes dos grandes veículos de comunicação nesta segunda-feira, em São Paulo.

Promovido por um instituto defensor de valores como a economia de mercado e o direito à propriedade, e que tem entre seus conselheiros nomes como João Roberto Marinho, Roberto Civita, Eurípedes Alcântara e Pedro Bial, o fórum contou com o apoio de entidades como a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), ANER (Associação Nacional de Editores de Revista), ANJ (Associação Nacional de Jornais) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade). E dedicou boa parte das suas discussões ao que os palestrantes consideram um risco para a democracia brasileira: a eleição de Dilma Rousseff.

A explicação foi inicialmente dada pelo sociólogo Demétrio Magnoli, que passou os últimos anos combatendo, nos noticiários e páginas dos grandes veículos, políticas de ação afirmativa como as cotas para negros nas universidades. Segundo ele, no início de sua história, o PT abrangia em sua composição uma diversidade maior de correntes, incluindo a presença de lideranças social-democratas. Hoje, para Magnoli, o partido é um aparato controlado por sindicalistas e castristas, que têm respondido a suas bases pela retomada e restauração de um programa político reminiscente dos antigos partidos comunistas.

“Ao longo das quatro candidaturas de Lula, o PT realizou uma mudança muito importante em relação à economia. Mas ao mesmo tempo em que o governo adota um programa econômico ortodoxo e princípios da economia de mercado, o PT dá marcha ré em todos os assuntos que se referem à democracia. Como contraponto à adesão à economia de mercado, retoma as antigas idéias de partido dirigente e de democracia burguesa, cruciais num ideário anti-democrático, e consolida um aparato partidário muito forte que reduz brutalmente a diversidade política no PT. E este movimento é reforçado hoje pelo cenário de emergência do chavismo e pela aliança entre Venezuela e Cuba”, acredita. “O PT se tornou o maior partido do Brasil como fruto da democracia, mas é ambivalente em relação a esta democracia. Ele celebra a Venezuela de Chávez, aplaude o regime castrista em seus documentos oficiais e congressos, e solta uma nota oficial em apoio ao fechamento da RCTV”, diz.

A RCTV é a emissora de TV venezuelana que não teve sua concessão em canal aberto renovada por descumprir as leis do país e articular o golpe de 2000 contra o presidente Hugo Chávez, cujo presidente foi convidado de honra do evento do Instituto Millenium. Hoje, a RCTV opera apenas no cabo e segue enfrentando o governo por se recusar a cumprir a legislação nacional. Por esta atitude, Marcel Granier é considerado pelos organizadores do Fórum um símbolo mundial da luta pela liberdade de expressão – um direito a que, acreditam, o PT também é contra.

“O PT é um partido contra a liberdade de expressão. Não há dúvidas em relação a isso. Mas no Brasil vivemos um debate democrático e o PT, por intermédio do cerceamento da liberdade de imprensa, propõe subverter a democracia pelos processos democráticos”, declarou o filósofo Denis Rosenfield. “A idéia de controle social da mídia é oficial nos programas do PT. O partido poderia ter se tornado social-democrata, mas decidiu que seu caminho seria de restauração stalinista. E não por acaso o centro desta restauração stalinista é o ataque verbal à liberdade de imprensa e expressão”, completou Magnoli.

O tal ataque

Para os pensadores da mídia de direita, o cerco à liberdade de expressão não é novidade no Brasil. E tal cerceamento não nasce da brutal concentração da propriedade dos meios de comunicação característica do Brasil, mas vem se manifestando há anos em iniciativas do governo Lula, em projetos com o da Ancinav, que pretendia criar uma agência de regulação do setor audiovisual, considerado “autoritário, burocratizante, concentracionista e estatizante” pelos palestrantes do Fórum, e do Conselho Federal de Jornalistas, que tinha como prerrogativa fiscalizar o exercício da profissão no país.

“Se o CFJ tivesse vingado, o governo deteria o controle absoluto de uma atividade cuja liberdade está garantida na Constituição Federal. O veneno antidemocrático era forte demais. Mas o governo não desiste. Tanto que em novembro, o Diretório Nacional do PT aprovou propostas para a Conferência Nacional de Comunicação defendendo mecanismos de controle público e sanções à imprensa”, avalia o articulista do Estadão e conhecido membro da Opus Dei, Carlos Alberto Di Franco.

“Tínhamos um partido que passou 20 anos fazendo guerra de valores, sabotando tentativas, atrapalhadas ou não, de estabilização, e que chegou em 2002 com chances de vencer as eleições. E todos os setores acreditaram que eles não queriam fazer o socialismo. Eles nos ofereceram estabilidade e por isso aceitamos tudo”, lamenta Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que faz questão de assumir que Fernando Henrique Cardoso está à sua esquerda e para quem o DEM não defende os verdadeiros valores de direita. “A guerra da democracia do lado de cá esta sendo perdida”, disse, num momento de desespero.

O deputado petista Antonio Palocci, convidado do evento, até tentou tranqüilizar os participantes, dizendo que não vê no horizonte nenhum risco à liberdade de expressão no Brasil e que o Presidente Lula respeita e defende a liberdade de imprensa. O ministro Hélio Costa, velho amigo e conhecido dos donos da mídia, também. “Durante os procedimentos que levaram à Conferência de Comunicação, o governo foi unânime ao dizer que em hipótese alguma aceitaria uma discussão sobre o controle social da mídia. Isso não será permitido discutir, do ponto de vista governamental, porque consideramos absolutamente intocável”, garantiu.

Mas não adiantou. Nesta análise criteriosa sobre o Partido dos Trabalhadores, houve quem teorizasse até sobre os malefícios da militância partidária. Roberto Romano, convidado para falar em uma mesa sobre Estado Democrático de Direito, foi categórico ao atacar a prática política e apresentar elementos para a teoria da conspiração que ali se construía, defendendo a necessidade de surgimento de um partido de direita no país para quebrar o monopólio progressivo da esquerda.

“O partido de militantes é um partido de corrosão de caráter. Você não tem mais, por exemplo, juiz ou jornalista; tem um militante que responde ao seu dirigente partidário (...) Há uma cultura da militância por baixo, que faz com que essas pessoas militem nos órgãos públicos. E a escolha do militante vai até a morte. (...) Você tem grupos políticos nas redações que se dão ao direito de fazer censura. Não é por acaso que o PT tem uma massa de pessoas que considera toda a imprensa burguesa como criminosa e mentirosa”, explica.

O “risco Dilma”

Convictos da imposição pelo presente governo de uma visão de mundo hegemônica e de um único conjunto de valores, que estaria lentamente sedimentando-se no país pelas ações do Presidente Lula, os debatedores do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão apresentaram aos cerca de 180 presentes e aos internautas que acompanharam o evento pela rede mundial de computadores os riscos de uma eventual eleição de Dilma Rousseff. A análise é simples: ao contrário de Lula, que possui uma “autonomia bonapartista” em relação ao PT, a sustentação de Dilma depende fundamentalmente do Partido dos Trabalhadores. E isso, por si só, já representa um perigo para a democracia e a liberdade de expressão no Brasil.

“O que está na cabeça de quem pode assumir em definitivo o poder no país é um patrimonialismo de Estado. Lula, com seu temperamento conciliador, teve o mérito real de manter os bolcheviques e jacobinos fora do poder. Mas conheço a cabeça de comunistas, fui do PC, e isso não muda, é feito pedra. O perigo é que a cabeça deste novo patrimonialismo de estado acha que a sociedade não merece confiança. Se sentem realmente superiores a nós, donos de uma linha justa, com direito de dominar e corrigir a sociedade segundo seus direitos ideológicos”, afirma o cineasta e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Jabor. “Minha preocupação é que se o próximo governo for da Dilma, será uma infiltração infinitas de formigas neste país. Quem vai mandar no país é o Zé Dirceu e o Vaccarezza. A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”, alerta Jabor.

Para Denis Rosenfield, ao contrário de Lula, que ganhou as eleições fazendo um movimento para o centro do espectro político, Dilma e o PT radicalizaram o discurso por intermédio do debate de idéias em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, lançado pelo governo no final do ano passado. “Observamos no Brasil tendências cada vez maiores de cerceamento da liberdade de expressão. Além do CFJ e da Ancinav, tem a Conferência Nacional de Comunicação, o PNDH-3 e a Conferência de Cultura. Então o projeto é claro. Só não vê coerência quem não quer”, afirma. “Se muitas das intenções do PT não foram realizadas não foi por ausência de vontades, mas por ausência de condições, sobretudo porque a mídia é atuante”, admite.

Hora de reagir

E foi essa atuação consistente que o Instituto Millenium cobrou da imprensa brasileira. Sair da abstração literária e partir para o ataque.
“Se o Serra ganhasse, faríamos uma festa em termos das liberdades. Seria ruim para os fumantes, mas mudaria muito em relação à liberdade de expressão. Mas a perspectiva é que a Dilma vença”, alertou Demétrio Magnoli.

“Então o perigo maior que nos ronda é ficar abstratos enquanto os outros são objetivos e obstinados, furando nossa resistência. A classe, o grupo e as pessoas ligadas à imprensa têm que ter uma atitude ofensiva e não defensiva. Temos que combater os indícios, que estão todos aí. O mundo hoje é de muita liberdade de expressão, inclusive tecnológica, e isso provoca revolta nos velhos esquerdistas. Por isso tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução. Senão isso se esvai. Nossa atitude tem que ser agressiva”, disse Jabor, convocando os presentes para a guerra ideológica.

“Na hora em que a imprensa decidir e passar a defender os valores que são da democracia, da economia de mercado e do individualismo, e que não se vai dar trela para quem quer a solapar, começaremos a mudar uma certa cultura”, prevê Reinaldo Azevedo.

Um último conselho foi dado aos veículos de imprensa: assumam publicamente a candidatura que vão apoiar. Espera-se que ao menos esta recomendação seja seguida, para que a posição da grande mídia não seja conhecida apenas por aqueles que puderam pagar R$ 500,00 pela oficina de campanha eleitoral dada nesta segunda-feira.

Fonte: Carta Maior

O que esperar do time convidado pelo Forum, entre eles, Reinaldo Azevedo (vblogueiro da veja), Arnaldo Jabour (Globo), Roberto Civita (Editora Abril, da Veja), Otávio Frias Filho (Folha), Demetriu Magnolli (sociólogo de plantão para criticar o Lula), além da ONG Instituto Millenium que tem entre seus membros o João Roberto Marinho (um dos donos da Globo), Roberto Divita (Editora Abril, Veja), Euripedes Alcântara (Veja), Arminio Fraga (banqueiro) entre outros? Claro que os ataques da grande mídia ao Lula e a Dilma irão acentuar-se de forma orquestrada e mais preocupantes, desesperada, pois estes querem de volta as benesses que tinha na administração tucana no governo federal e como tem hoje da administração estadual do José Serra (basta ver o que o Serra investe na Globo e na Editora Abril com verbas da comunicação). Será como vem acontecendo durante todo o governo Lula, uma guerra suja e baixa, só que agora, repito, de forma desesperada, o que a tornará mais suja ainda.