domingo, 27 de fevereiro de 2011

Homenaje a Luiz Inacio 'Lula' Da Silva - Subt. Español

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


A GRANDE MÍDIA E O GOLPE MILITAR
Do Blog Cidadania.com do Eduardo Guimarães:

"No último sábado, o jornal Folha de São Paulo reconheceu, publicamente, que pessoas como a maioria das que escrevem neste blog têm razão quando dizem que a grande imprensa brasileira é golpista. A partir desse momento histórico, portanto, espera-se que mesmo os seus simpatizantes mais exaltados parem de contestar o que ela mesma reconhece.
Reproduzo, abaixo, essa matéria da Folha que me foi mostrada pelo radialista Colibri, da Rádio Brasil Atual, durante entrevista sobre os 90 anos do jornal que gravei nos estúdios dessa rádio ontem e que foi ao ar na manhã desta quarta-feira. Em seguida, mais alguns comentários.
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A Folha apoiou o golpe militar de 1964, como praticamente toda a grande imprensa brasileira. Não participou da conspiração contra o presidente João Goulart, como fez o “Estado”, mas apoiou editorialmente a ditadura, limitando-se a veicular críticas raras e pontuais.
Confrontado por manifestações de rua e pela deflagração de guerrilhas urbanas, o regime endureceu ainda mais em dezembro de 1968, com a decretação do AI-5. O jornal submeteu-se à censura, acatando as proibições, ao contrário do que fizeram o “Estado”, a revista “Veja” e o carioca “Jornal do Brasil”, que não aceitaram a imposição e enfrentaram a censura prévia, denunciando com artifícios editoriais a ação dos censores.
As tensões características dos chamados “anos de chumbo” marcaram esta fase do Grupo Folha. A partir de 1969, a “Folha da Tarde” alinhou-se ao esquema de repressão à luta armada, publicando manchetes que exaltavam as operações militares.
A entrega da Redação da “Folha da Tarde” a jornalistas entusiasmados com a linha dura militar (vários deles eram policiais) foi uma reação da empresa à atuação clandestina, na Redação, de militantes da ALN (Ação Libertadora Nacional), de Carlos Marighella, um dos ‘terroristas’ mais procurados do país, morto em São Paulo no final de 1969.
Em 1971, a ALN incendiou três veículos do jornal e ameaçou assassinar seus proprietários. Os atentados seriam uma reação ao apoio da “Folha da Tarde” à repressão contra a luta armada.
Segundo relato depois divulgado por militantes presos na época, caminhonetes de entrega do jornal teriam sido usados por agentes da repressão, para acompanhar sob disfarce a movimentação de guerrilheiros. A direção da Folha sempre negou ter conhecimento do uso de seus carros para tais fins.
http://www1.folha.uol.com.br/folha90anos/877777-os-90-anos-da-folha-em-9-atos.shtml
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Segundo relato de Colibri, ele trabalhava na Folha na época em que ela não apenas entregou a redação aos militares, mas ajudou-os a prender seus funcionários dentro de suas instalações, o que lhe valeu a piada de que era o jornal de maior “tiragem” do Brasil, pois vivia cheio de “tiras”. E o radialista nega que houvesse algum movimento organizado dentro do jornal.
Mas vejam só que coisa: a Folha diz que sua redação estava cheia de militantes da ALN e que, por isso, permitiu aos militares que fossem prendê-los dentro de suas instalações em vez de demiti-los, por exemplo. Essa era a visão do jornal sobre liberdade de imprensa, então. Isso mostra o quanto é vazio o seu discurso atual sobre o assunto.
A parte mais divertida da nota é a que afirma que “a direção da Folha não tinha conhecimento” de que seus carros eram usados para esse fim, como se fosse possível um empresário não ter conhecimento do que seus funcionários fazem com a sua frota de veículos. Sugere, aliás, que meros motoristas se apropriavam dos veículos para servirem à ditadura.
E um detalhe importante: notem que o jornal não diz que seus carros não foram usados para esse fim, mas que não tinha conhecimento desse uso.
Diante de tudo isso, penso que é plenamente justificável que as pessoas se indignem por os três poderes da República terem ido prestigiar uma empresa que tanto mal causou ao Brasil ao atuar de forma tão ativa em prol da censura e da supressão das liberdades democráticas, castigos a este povo que duraram duas décadas.
Contudo, o desalento com a rendição da República a esse jornal criminoso não altera o fato de que ninguém tem opção de desistir de apoiar este governo ou de deixar de militar em blogs como este. O editor deste blog não tem como desistir nem de uma coisa, nem de outra. É preciso muita “coragem” para desistir. Não sou tão corajoso

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011


Por Altamiro Borges
O Blog da Redação da Repórter Brasil informou neste final de semana que foi encerrada oficialmente a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "A instância criada pelos ruralistas para vasculhar as contas do movimento foi coberta com uma pá de cal no último dia 31 de janeiro, sem que o relatório final fosse submetido à votação dos membros da comissão".Durante meses, a finada CPMI foi capa dos jornalões e assunto predileto dos "calunistas" das emissoras de televisão - com destaque para os comentários sempre venenosos de Willian Waack, âncora da TV Globo. A revista Veja produziu várias "reporcagens" para atacar os movimentos de luta pela reforma agrária. Editoriais foram fartamente usados para atacar caluniosamente o MST por "desvio de recursos públicos".
Silêncio dos jagunços da mídia
Agora, a mesma mídia venal deixa de destacar o enterro formal da CPMI - o que confirma que ela é um instrumento dos latifundiários, muitos deles travestidos de modernos empresários do agronegócio. O que era manchete, virou notinha de roda-pé ou simplesmente foi omitido no noticiário. Josias de Souza, Boris Casoy, Willian Waack e outros inimigos da reforma agrária fazem um silêncio cúmplice - lembram os jagunços do latifúndio.Conforme relembra o sítio Repórter Brasil, o requerimento que criou a chamada "CPMI do MST" foi apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em 21 de outubro de 2009. Seu intento explítico era o de criminalizar a luta pela reforma agrária. O requerimento definia como objetivos:"Apurar as causas, condições e responsabilidades relacionadas a desvios e irregularidades verificados em convênios e contratos firmados entre a União e organizações ou entidades de reforma e desenvolvimento agrários, investigar o financiamento clandestino, evasão de recursos para invasão de terras, analisar e diagnosticar a estrutura fundiária agrária brasileira e, em especial, a promoção e execução da reforma agrária”.
Inexistência de provas
"Ao longo das 13 reuniões oficiais, foram ouvidas dezenas de pessoas – de integrantes de entidades e associações que desenvolvem atividades no meio rural a membros das mais diversas pastas do Executivo federal, passando por especialistas na questão agrária. Além das oitivas, o processo contou ainda com apurações paralelas (por meio de requisições de documentos e informação, por exemplo) que constam do plano de trabalho previamente aprovado pela comissão presidida pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE)", descreve o sítio Repórter Brasil.Ao final dos trabalhos, o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) apresentou o relatório final em julho de 2010, no qual frisava a “inexistência de qualquer irregularidade no fato de as entidades [denunciadas pelos idealizadores da CPMI] manterem relações e atenderem público vinculado a movimentos sociais”. Restava apenas a votação da peça conclusiva na própria comissão. Mas os propositores originais pressionaram com a ameaça de um voto em separado e conseguiram forçar a prorrogação da CPMI por mais seis meses.
Palanque eleitoral dos ruralistas
Na ocasião, a secretaria nacional do MST divulgou nota em que repudiou a manobra e enquadrou a CPMI como uma tentativa ruralista “para barrar qualquer avanço da reforma agrária, fazer a criminalização dos movimentos sociais, ocupar espaços na mídia e montar um palanque para a campanha eleitoral”. Enquanto isso, o vice-presidente da comissão (Onyx) declarava que, se confirmada a prorrogação dos trabalhos até janeiro de 2011, haveria condições de provar que o governo utilizou dinheiro público para financiar ações do movimento."O prazo da prorrogação chegou ao fim, no final de janeiro, sem que nada mais fosse votado ou discutido. Em tempo: a confirmação do encerramento formal da CPMI do MST surge no bojo do anúncio da decisão unânime da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que determinou o trancamento do processo instaurado contra integrantes do MST, acusados da prática de crimes durante a ocupação da Fazenda Santo Henrique/Sucocitrico Cutrale entre agosto e setembro de 2009, mesma época em que foi articulada a ofensiva contra os sem-terra que veio a dar origem à comissão".
Fonte: Blog do Miro.
CRISE DE ALIMENTOS

Da Envolverde
21/02/2011 - 09h02
TERRAMÉRICA - O nó górdio da crise alimentar
Por Pascal Lamy*
O consumo mundial de alimentos é conduzido por três motores: crescimento econômico, crescimento demográfico e preferências alimentares, afirma Pascal Lamy neste artigo exclusivo.
Genebra, Suíça, 21 de fevereiro de 2011 (Terramérica).
Apenas superada a crise dos alimentos de 2008, o mundo entra em outra fase de preços altos. Agora, a carestia alimentar estimula a inflação global, sem mencionar sua influência no mal-estar político que chegou a graus inquietantes em vários países. Os preços alcançaram um recorde em dezembro de 2010, em relação a 2008, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Ao contrário do ocorrido em 2008, um fator fundamental parece estar em jogo agora: o mau tempo. No ano passado, as compras no mercado futuro de trigo nos Estados Unidos subiram 47%, incentivadas por uma série de eventos climáticos, como a seca na Rússia e em seus vizinhos do Mar Negro. Embora as restrições de fornecimento sejam o principal culpado por esta crise, existem outras razões.
O consumo mundial de alimentos é conduzido por três motores: crescimento econômico, crescimento demográfico e preferências alimentares. A mais extraordinária inovação é que o consumo de alimentos também é impulsionado pela produção de energia. Ao empregar biocombustíveis em nossos sistemas de transporte estamos jogando fora milho, cana-de-açúcar e outros cultivos comestíveis.
A organização para a Cooperação e o Desenvolvimento (OCDE) e a FAO estimam que, se as atuais políticas continuarem, em 2019 cerca de 13% da produção mundial de grãos grossos, 16% do óleo vegetal e 35% da cana-de-açúcar serão usados na produção de álcool combustível vegetal, ou etanol. Em nível mundial, a renda sobe e continuará aumentando, embora de forma desigual. Com o aumento da renda vem o aumento da demanda.
Por outro lado, as taxas de crescimento da população desaceleraram há 30 anos, e agora estão abaixo de seu pico no final da década de 1960. Porém, mantém-se um crescimento firme da população mundial. Em escala global, as preferências alimentares convergem por várias razões, como o aumento do consumo de carne e de produtos lácteos, em particular no mundo em desenvolvimento.
A produção mundial será capaz de atender esta crescente demanda? Há três fatores principais de crescimento da produção de cereais: expansão das áreas agrícolas, aumento da frequência dos cultivos e técnicas para intensificar os rendimentos, como mecanização e irrigação, além da biotecnologia. A agricultura também continuará dependente da flutuação dos preços do petróleo, cujo aumento encarece os fertilizantes e a distribuição dos produtos.
Os fatores que influem na produção e no consumo estão vinculados com o comércio internacional, que equilibra a oferta e a demanda, transportando produtos de zonas onde há excedente para outras deficitárias. Contudo, quando este mecanismo se altera pelas barreiras comerciais, a turbulência ameaça os mercados. As restrições à exportação têm um papel importante na crise.
Há outras barreiras comerciais prejudiciais – as tarifas e os subsídios – que impedem que os alimentos sejam produzidos onde o seriam com maior eficiência. Entretanto. as restrições à exportação têm um papel muito direto no agravamento das crises. Elas levam pânico aos mercados quando diferentes atores veem que os preços aumentam à velocidade da luz. Isto ocorreu durante a explosão dos preços do arroz em 2007-2008, quando não havia nenhum desequilíbrio fundamental nos mercados.
Igualmente, o aumento atual dos cereais tem muito a ver com as restrições às exportações da Rússia e da Ucrânia, que foram afetadas por fortes secas. Essas restrições têm uma lógica: os Estados que as aplicam não querem que suas populações passem fome. De modo que a pergunta é “quais são as alternativas?”. A resposta pode ser um incentivo maior à produção global, mais redes de previdência social, mais ajuda alimentar e, possivelmente, mais reserva de alimentos.
Também a Rodada de Doha sobre negociações comerciais mundiais pode ajudar para uma resposta de médio e longo prazos à crise alimentar, mediante a remoção de muitas restrições e distorções que prejudicam o panorama dos abastecimentos. A Rodada da Organização Mundial do Comércio pode reduzir os subsídios de países ricos que, em certas matérias-primas, colocam obstáculos intransponíveis à produção do mundo em desenvolvimento.
O pior tipo de subsídio, o subsídio às exportações, deveria ser completamente eliminado. Também deveriam baixar as tarifas alfandegárias, embora com certas flexibilidades, para atender o acesso do consumidor aos alimentos. Junto com estas medidas, precisamos de maiores investimentos na agricultura. E, em particular, devemos preparar nosso sistema agrícola para enfrentar a iminente mudança climática, da qual, provavelmente, seremos testemunhas. Isso será vital para melhorar o panorama dos abastecimentos.*Pascal Lamy é diretor-geral da Organização Mundial do Comércio. Direitos exclusivos IPS.
Crédito da imagem: Claudius
Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.
(Envolverde/Terramérica)
Fonte: Blog do Luis Nassif.

Para Aécio Neves e Anastasia, banda-larga é "coisa de rico"
"Lembram-se daquela inserção na TV durante a campanha eleitoral que falava: coisa de pobre e coisa de rico, na era demo-tucana?Pois continua mais atual do que nunca no governo tucano mineiro. O ex-governador tucano Aécio Neves, e o sucessor Anastasia acham que banda larga é coisa de rico. Coisa de pobre é só orelhão comunitário, planejado pelo governo FHC como meta na privataria, para o século XXI.A CEMIG (estatal de eletricidade do governo de Minas), tem uma rede de fibra ótica de mais de 4.000 Km para internet e de TV a cabo, que chega a diversos bairros da capital e 29 cidades do interior.Com essa formidável infra-estrutura pronta, onde já foram investidos US$ 203 milhões, e que poderia levar banda-larga popular a custo acessível aos mineiros, sobretudo da classe C para baixo, o governo demo-tucano fez a opção pelos ricos e pelo favorecimento às altas tarifas do oligopólio das operadoras de telefonia.O dinheiro público da CEMIG é usado para construir e manter a rede com vultosos recursos, levando o sinal até a porta das casas nos condomínios de alto padrão, para entregar à exploração comercial pelas operadoras de Telefonia, como Oi/Telemar e CTBC Telecom, venderem banda-larga de luxo, chegando a 20MBits, com tarifas que chegam a ser superiores a R$ 200,00 mensais, e em planos "combo" passam de R$ 300,00.
A CEMIG Telecom (subsidiária da CEMIG na área de telecomunicações) se diz “carrier´s carrier”, ou operadora das operadoras. Em outras palavras, a estatal fica com o ônus do investimento pesado na infra-estrutura, e a mão grande e nada invisível do mercado fica com o bônus, apenas atuando como atravessadores: arrecada as elevadas tarifas dos consumidores de alta renda, e paga um módico aluguel da rede para a CEMIG.Resumo: a CEMIG Telecom (subsidiária da CEMIG na área de telecomunicações) arruma a cama para os barões da telefonia dormirem.
Daniel Dantas na parada
A origem desse "modelo de negócio" ocorreu logo após Daniel Dantas montar o consórcio AES/Southern Energy/Opportunity que arrematou a privatização parcial de 33% CEMIG em 1997.Em 13 de janeiro de 1999, a estadunidense AES em sociedade com a CEMIG, criava a empresa Infovias (agora rebatizada como CEMIG Telecom), com o objetivo de administrar a rede de fibras óticas da estatal e prestar serviços para empresas de TV por assinatura e Internet banda larga. A CEMIG passou a ser acionista e principal cliente da nova subsidiária.A Infovias, por sua vez, criou a Way TV, operadora de TV a cabo em Belo Horizonte, e algumas poucas cidades do interior mineiro, usando essa rede da CEMIG.Em 2002, FHC tinha quebrado o Brasil, a AES estava em crise e não pagava suas dívidas, o povo brasileiro estava sem poder aquisitivo, e tanto a Way TV como a Infovias acumulavam prejuízos e o mercado não era nada promissor. Mas a CEMIG "recomprou" sua própria rede por US$ 32 da milhões da AES (a parte da multinacional).
Fúria neoliberal de Aécio Neves fatiou e privatizou subsidiária para Oi
Depois gastar US$ 32 milhões para recomprar a empresa da AES, em 2003 Aécio Neves assumiu o governo e resolveu privatizá-la, mesmo sabendo que a principal cliente da Infovias era a própria dona: a CEMIG.Em julho de 2004, o jornal Valor Econômico noticiava que a CEMIG estava finalizando o edital para privatização da Infovias. Talvez por acumular prejuízos e dívidas, a privatização da companhia de fibras óticas não foi à frente, mas resolveram privatizar de forma fatiada: apenas a Way TV foi vendida em 2006, sem as dívidas.Quem comprou a Way Tv foi a Oi/Telemar por R$ 132 milhões, herdando a clientela e a exploração da rede construída de TV a cabo e banda-larga (a ANATEL vetou que a rede de cabos fosse vendida no pacote, permitindo apenas a cessão de uso da rede, sem exclusividade).Sem privatizar, a empresa continuou alugando sua rede de fibras óticas para operadoras de telefonia privadas explorarem.Quando Aécio e os demais neoliberais demo-tucanos privatizaram as telecomunicações, diziam que era porque as empresas privadas teriam muito mais capacidade de investirem do que o estado.Agora qual é a razão, a não ser favorecimento, para os demo-tucanos neoliberais usarem a CEMIG estatal para bancar os investimentos em expansão da infra-estrutura (e nos nichos de mercado mais lucrativos, que interessam às operadoras privadas) e entregar na bandeja para os tubarões privados explorarem o serviço apenas como atravessadores entre o consumidor e a CEMIG, elevando as tarifas muito acima do custo e apenas recolhendo o lucro?Se é para a CEMIG fazer toda a infra-estrutura que, pelo menos, ficasse com os lucros e que transferisse os benefícios para o consumidor com menores tarifas, sem atravessadores.Povo mineiro precisa pressionar Anastasia para acabar com essa maracutaiaA Telebras e o governo federal tem feito acordos com os governos estaduais de boa vontade, como no Rio Grande do Sul, para interligar as redes estaduais disponíveis ao Plano Nacional de Banda Larga, e oferecer conexões de baixo custo acessível a todos. E aí, governador Anastasia? Quando vai parar de bancar os barões da telefonia privada, com banda-larga de altíssima velocidade na porta da casa dos ricos, em vez de aderir ao PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) do governo Dilma, para todos os mineiros?"
Fonte: Os Amigos do Presidente Lula.

VENDAS DE COMPUTADORES AUMENTAM

VENDAS DE COMPUTADORES
Em 2010, as vendas de PCs aumentaram 23,5%, deixando o Brasil como o quarto país em acessibilidade ao mundo virtual, atrás apenas dos EUA, China e Japão. Não há dúvidas que teremos, através da facilidade do acesso à informação, um país muito mais consciente em um futuro próximo.
Artigo escrito pela Presidenta Dilma para a "Folha", mostra claramente o Brasil que será construido no seu governo.
País do conhecimento, potência ambiental
por DILMA ROUSSEFF
Hoje, já não parece uma meta tão distante o Brasil se tornar país economicamente rico e socialmente justo, mas há grandes desafios pela frente, como educação de qualidade. Há 90 anos, o Brasil era um país oligárquico, em que a questão social não tinha qualquer relevância aos olhos do poder público, que a tratava como questão de polícia.O país vivia à sombra da herança histórica da escravidão, do preconceito contra a mulher e da exclusão social, o que limitou, por muitas décadas, seu pleno desenvolvimento.Mesmo quando os grandes planos de desenvolvimento foram desenhados, a questão social continuou como apêndice e a educação não conquistou lugar estratégico. Avançamos apenas nas décadas recentes, quando a sociedade decidiu firmar o social como prioridade. Contudo, o Brasil ainda é um país contraditório. Persistem graves disparidades regionais e de renda. Setores pouco desenvolvidos coexistem com atividades econômicas caracterizadas por enorme sofisticação tecnológica. Mas os ganhos econômicos e sociais dos últimos anos estão permitindo uma renovada confiança no futuro.Enorme janela de oportunidade se abre para o Brasil. Já não parece uma meta tão distante tornar-se um país economicamente rico e socialmente justo. Mas existem ainda gigantescos desafios pela frente. E o principal, na sociedade moderna, é o desafio da educação de qualidade, da democratização do conhecimento e do desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.Ao longo do século 21, todas as formas de distribuição do conhecimento serão ainda mais complexas e rápidas do que hoje.Como a tecnologia irá modificar o espaço físico das escolas? Quais serão as ferramentas à disposição dos estudantes? Como será a relação professor-aluno? São questões sem respostas claras.Tenho certeza, no entanto, de que a figura-chave será a do educador, o formador do cidadão da era do conhecimento.Priorizar a educação implica consolidar valores universais de democracia, de liberdade e de tolerância, garantindo oportunidade para todos. Trata-se de uma construção social, de um pacto pelo futuro, em que o conhecimento é e será o fator decisivo.Existe uma relação direta entre a capacidade de uma sociedade processar informações complexas e sua capacidade de produzir inovação e gerar riqueza, qualificando sua relação com as demais nações.No presente e no futuro, a geração de riqueza não poderá ser pautada pela visão de curto prazo e pelo consumo desenfreado dos recursos naturais. O uso inteligente da água e das terras agriculturáveis, o respeito ao meio ambiente e o investimento em fontes de energia renováveis devem ser condições intrínsecas do nosso crescimento econômico. O desenvolvimento sustentável será um diferencial na relação do Brasil com o mundo.Noventa anos atrás, erramos como governantes e falhamos como nação.Estamos fazendo as escolhas certas: o Brasil combina a redução efetiva das desigualdades sociais com sua inserção como uma potência ambiental, econômica e cultural. Um país capaz de escolher seu rumo e de construir seu futuro com o esforço e o talento de todos os seus cidadãos.
Fonte: Os Amigos do Presidente Lula.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

AO MEU FILHO


Ao meu filho Juninho. Esta música representa muito bem nossa história. Cantava nos momentos de saudade, ainda quando tinha 2 anos de idade. Hoje, ao ouvi-la, passou um filme que tornou-se realidade. Ele tornou-se um homem de bem e pode ver um Brasil melhor. Parabéns meu filho por essa pessoa que você é, doce, íntegro, solidário, consciente, responsável e simples. Amo você.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

FHC, deu vexame internacional e ainda levou lição de Bill Clinton


Nada como esta revolucionária mídia alternativa, para mostrar diferenças de posicionamento e de comportamento de governos e governantes. O Brasil viveu nos oitos anos do governo Lula, como protagonista, como exemplo a ser seguido, entrando de vez em qualquer agenda política, social e econômica que se estabeleça no mundo, já o governo dos tucanos sob o comando do Fernando Henrique Cardoso, foi esta vergonha que todos conhecemos, foi um governo subalterno, que governava seguindo ordens do FMI e onde o Brasil era tratado como de segunda categoria, como viralatas e era referência negativa, ao contrário do governo Lula e da Presidenta Dilma. Este vídeo mostra como tivemos com o FHC e os tucanos, um governo "minhoca", vivia rastejando e de pires na mão. O FHC e os tucanos desmoralizaram o nosso país.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

OUTRA TAREFA PARA LULA


OUTRA TAREFA PARA LULA

Sidnei Liberal *
Nada do que será dito aqui terá qualquer nível de dificuldade para sua comprovação. Basta consultar fontes confiáveis e fazer a leitura crítica da mídia especializada. Consultar especialistas sem nenhum tipo de compromisso com as paixões político-partidárias. Há alguns.Por isso, por haver, na qualidade de estudante de Jornalismo, pesquisado o tema, tomo mais uma vez a liberdade de sugerir ao ex-presidente Lula que, de mãos livres e de sentimentos livres, desmitifique o lugar-comum que a mídia e a oposição plantaram em mentes acríticas ao alardear que o governo Lula foi uma continuação do governo anterior.
Em março de 2009, o editor Fareed Zakaria, da revista britânica Newsweek¹, dizia ao presidente brasileiro ser ele “provavelmente o líder mais popular no mundo”. E perguntava: “Por quê?". Lula respondeu: "nós tentamos provar que era possível desenvolver crescimento econômico simultaneamente com melhora na distribuição de renda". Essa é provavelmente a grande diferença do Brasil de hoje para o Brasil de ontem, o Brasil do FMI. E qual será este Brasil do FMI? Ainda no primeiro mandato FHC, quando o real, a moeda brasileira, estava indo pelo ralo, Clóvis Rossi, repórter especial da Folha de S Paulo, perguntava por e-mail² a Jeffrey Sachs, atual diretor do "Instituto da Terra" da Universidade Columbia, de Nova York, que “já foi considerado, pela revista Time o economista mais influente do mundo”, se ele concordava que o real estava derretendo. Ao que Sachs respondeu, quase que imediatamente: "Quando você receber esta mensagem, (o real) já terá derretido". “Foi por pouco, muito pouco” (que não derreteu), comentou Rossi. Embora a hipocrisia militante antilulista do jornalismo brasileiro, em especial o da área econômica, tenha ocultado o fato por três períodos eleitorais (2002, 2006 e 2010), todos sabemos que Bill Clinton fez aportar em nosso tesouro um pacote de 45 bilhões de dólares. Pacote que salvou o segundo mandato do seu leal amigo FHC e manteve afastado um perigoso “malfeitor”, de nome Lula da Silva. Ao mesmo tempo, escancarou nosso Tesouro ao comando do FMI. Repete-se acriticamente que os fundamentos da economia no governo Lula foram herdados do segundo mandato de FHC. Um mandato totalmente monitorado pelo FMI. De positivo, o fim da farra irresponsável do compadrio com a “livre iniciativa” do primeiro mandato. Compadres ganharam bancos e empresas públicas, empresários amigos se locupletaram do dinheiro público, na farra das privatizações. 27 CPIs foram abafadas no Congresso Nacional. O FMI, claro, agia para proteger seu rico dinheirinho, cada vez mais engordado por juros estratosféricos. Ficou para Lula, no entanto, a dica da proteção da poupança nacional. O resto desta história o mundo, hoje, conhece muito bem. Agora, num campo mais pedagógico, passadas as paixões do processo eleitoral, cabe analisar uma carta aberta³ que o professor Theotonio Dos Santos enviou ao ex-presidente FHC em resposta a outra carta aberta deste ao então presidente Lula. Era véspera da eleição e os marqueteiros tucanos insistiam em ocultar dos seus eleitores a era e a figura de FHC. Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da Unesco e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimento sustentável. Foi companheiro de FHC e Serra no exílio chileno dos anos 60. “Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo.” (...) Inflação das mais altas do mundo... A crise de 1999, fruto de irresponsabilidade cambial eleitoreira suicida (um dólar = um real, lembra?)... A dívida pública brasileira passou dos 60 bilhões de reais para 850 bilhões de reais...”Disse mais o professor Santos: “Nem falar da brutal concentração de renda que (sua) política agravou drasticamente neste país da maior concentração de renda no mundo... Um fracasso econômico rotundo... Uma dívida sem dinheiro para pagar”. Enfim, mais informações ao ex-presidente Lula, a quem cabe desmascarar o mito de um plano real na verdade fracassado, mas alavancado na hipocrisia da imprensa brasileira, a serviço de um duvidoso projeto tucano, sustentado em suspeitas alianças internacionais e nacionais.
Carta aberta a Fernando Henrique Cardoso
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Meu caro Fernando, Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960. A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, já no começo do seu governo, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000).Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartir com você... Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, todas as economias apresentaram uma queda da inflação para menos de 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário. No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. tivemos no seu governo uma das mais altas inflações do mundo. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ora, uma moeda que se desvaloriza 4 vezes em 8 anos pode ser considerada uma moeda forte? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese?Conclusões: O plano real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.Segundo mito; Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos, para em seguida depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros normais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava. Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou drasticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identifica com o seu governo... te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.Terceiro mito - Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido todas as suas divisas. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição ns 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 bilhões de dólares do FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia.Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em conseqüência deste fracasso colossal de sua política macro-econômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, um fracasso economico rotundo que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar... Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este pais. Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso faze-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entrou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o vedadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora. Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês (e tenho a melhor recordação de Ruth), mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a frequentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder. Com a melhor disposição possível, mas com amor à verdade, me despeçoTheotonio Dos SantosTheotonio Dos Santos é Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, Presidente da Cátedra da Unesco e da Universidade das Nações Unidas sobre economia global e desenvolvimentos sustentável. Professor visitante nacional sênior da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Comparando números
É bom que o povo analise dois modelos opostos, para poder tomar a decisão acertada por ocasião da eleição, não deixando de comparar os números de cada grupo que governou o país por oito anos, ambos na vigência do Plano Real, o qual foi implantado pelo governo Itamar Franco, para o controle da inflação e que equiparava o Real ao Dólar, ou seja: R$ 1 = US$ 1.Tudo bem, FHC conseguiu controlar a inflação, porém, escancarou as nossas contas ao FMI que a cada dois meses nos ditava as medidas econômicas, entre elas as privatizações do patrimônio público, mandando arrochar salários, chegando aquele governo a chamar o aposentado de vagabundo, suspenderinvestimentos de infra-estrutura estrutura em todos os setores da economia, ao ponto de ocasionar o apagão elétrico e de haver greves sucessivas nas universidades federais, porque a prioridade era acumular reservas cambias para amortização da nossa dívida externa, culminando com a grande arte de mexer na política cambial, promovendo a maxidesvalorização do real e elevação das taxas de juros, causando aumento da dívida externa, que somente de 1995 a 1999 deu um salto de US$ 153 bilhões para 241 bilhões, beneficiando o esquema fraudulento dos mega-especuladores, a exemplo de Cacciola, o qual depois de encher os bolsos de bilhões de dólares, fugiu da Itália. Muitos têm saudades daquele tempo em que a roubalheira era acobertada e os corruptos protegidos. Catorze CPIs sufocadas.Quando Lula assumiu o governo, as rodovias em todo o Brasil eram uma buraqueira só e as desigualdades regionais eram gritantes. A fuga de capitais era enorme, com o Risco Brasil atingindo a marca dos 2.000 pontos, reduzida no governo Lula para 250 pontos.Lula teve coragem de tomar decisões que FHC não quis tomar. Assim, Lula pagou a dívida externa, ordenando que os técnicos de FMI nos deixasse trabalhar. Tratou de reduzir as desigualdades regionais criando o Bolsa Família, como também o PAC, que é o maior programa do país em criação de emprego e renda,com investimentos de infraestrutura em abastecimento d'água, irrigação, construção de hidrelétricas e duplicação de rodovias e também na construção das UPAs e hospitais, apesar dos senadores da oposição terem derrubado a CPMF. O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) declarou na Veja de dezembro de 2009 que se o PSDB ganhasse a eleição, o PAC seria extinto, porque era eleitoreiro. Isso implicava em acabar com a transposição do Rio São Francisco, a qual não é eleitoreira, mas de grande alcance social, pois vem melhorar as condições de vida de 12 milhões de nordestinos, proporcionando emprego e renda ao povo do semiárido que trabalha no campo produzindo alimentos, resultado convreto do combate à fome e ao êxodo rural.Espero que esse povo pense, para que o Brasil não mude, não retome as privatizações entreguistas, não acabe com o PAC, nem com a Transposição do Rio São Francisco e que se mantenha a redução das desigualdades regionais, com a distribuição justa e igualitária dos royalties do pré-sal.
Antônio Alfredo Coelho Belviláqua é economista