sábado, 12 de junho de 2010

ORÂNIA

ORÂNIA

O enviado especial do jornal "Folha de São Paulo, o jornalista Fábio Zanini, fez uma matéria interessante sobre o comportamento na cidade de Orânia, que fica a 620 Km de Johannesburgo (África do Sul).
"Em Orania reúnem-se africâners radicais, que tentam manter a pureza da raça. Negros e mestiços são proibidos de morar ali. A maioria dos habitantes é abertamente saudosista do apartheid (há um museu dedicado a Hendrik Verwoerd, o primeiro-ministro que prendeu Nelson Mandela, nos anos 60)".
O desinteresse dos moradores na hora do jogo entre África do Sul e México era gritante, não coincidentemente, são brancos favoráveis ao Apartheid e como o futebol é praticado pela grande maioria negra, dá para entender o comportamento antifutebolístico dos moradores de Orânia.
Mas, o que chama a atenção, não é o fato de gostar ou não de futebol, isso é de cada um, mas o ódio que 6% da população da África do Sul, ainda têm da maioria negra e a coincidência desta minoria de 6%, referirem-se ao Mandela como "criminoso", como a minoria de 5% aqui no Brasil se refere a Dilma Roussef. Sobre as vunvuzelas, um morador disse: "É a coisa mais idiota, já inventada, tenho vontade de dar um tiro em quem toca esse negócio, disse a professora aposentada, Elise Lombaard, 68 anos, para quem Mandela é um criminoso".
Como podemos ver, para esta minoria de Orânia, o estadista, prêmio Nobel da Paz e responsável pelo fim do apartheid, respeitado e reverenciado pelo mundo, Nelson Mandela é um criminoso, assim como para 5% do povo brasileiro (uma elite raivosa e preconceituosa), a Dilma é uma terrorista.

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2 comentários:

Alan disse...

"assim como para 5% do povo brasileiro (uma elite raivosa e preconceituosa), a Dilma é uma terrorista." Elite raivosa e preconceituosa?

Bem, eu nem sou da "elite", com tudo, costumo tratar com RAIVA e PRECONCEITO terroristas assumidos, SIM!

WALSIL disse...

Alan, quem assumiu ser terrorista? a Dilma assumiu lutar pela liberdade que hoje todos nós podemos usufruir no país. A democracia foi retomada, mas muitas pessoas pagaram um preço muito alto por isso, sendo presas, torturadas, estupradas e muitas delas, assassinadas.
Walsil.