terça-feira, 5 de agosto de 2008

LACERDA/LACERDISTAS

LACERDA/LACERDISTAS
Procurando entender o comportamento da grande mídia hoje (o chamado PIG) e fazer uma correlação com o comportamento da mídia em outros momentos da vida política do país, acabei chegando a um trabalho do Marcio de Paiva Delgado, mestrando em História pela UFJF, à época, e publicado pela LAHES (laboratório de História Econômica e Social) que abordava o papel de Carlos Lacerda nas crises institucionais entre 1950 e 1955. Incrível como passou um filme na minha cabeça, que não vivi esse período e de repente, vi-me nos dias atuais e principalmente, na reeleição do presiente Lula. O comportamento da imprensa nacional (a grande imprensa) ficou claro, pude entender o jogo e as raizes de todo este comportamento golpista, hoje, adicionado pelos interesses mercadológicos. Ficou pulsando na minha mente, um pensamento do senhor Carlos Lacerda: "O sr. Getúlio Vargas senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar". Claro, que este pensamento, continua presente na elite dominante e na mídia golpista, lógico que hoje, não existe fertilidade para uma "revolução", tal qual pensava o Lacerda, mas não tínhamos a globalização, a internet e outros recursos tecnológicos disponíveis como hoje e que são tão ou mais poderosos que armas em uma democracia. Toda a tentativa de golpe, sempre é explicada, pela defesa da democracia. Foi assim com a imprensa golpista que precedeu 1964 e é hoje na imprensa golpista dos dias atuais. A sujeira e o lamaçal jornalístico que faz parte da grande imprensa no país é preocupante, pois tenta manipular o livre pensamento e a opinião do cidadão , e este esgoto atinge um dos pilares mais fortes da democracia, que é a imprensa livre e soberana. Precisamos usar os mecanismos que hoje dispomos para nos contrapor a esta intenção golpista e de conservação e concentração do poder, tais como, a internet e a mídia alternativa, até que realmente, tenhamos uma imprensa livre, imparcial e com compromissos com a democracia e a soberania do povo brasileiro.

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