segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

AS PERIGOSAS LIGAÇÕES DE JOSÉ SERRA

AS PERIGOSAS LIGAÇÕES DE JOSÉ SERRA

Li hoje no blog do PHA, "Conversa Afiada" este post, o qual posto na íntegra. É interessante para termos uma idéia de quanto nebulosa, é esta ligação do José Serra com o Ricardo Sergio e o Gregório Preciado Marin, que foram "herois" de privatizações durante o governo demotucano.

4/janeiro/2010

Ricardo Sergio (E), herói da privatização da Vale e a Telefonia; e Gregório Preciado Marin, herói de outras operações – é a tropa de choque do Serra, aquele do “vote num careca e leve dois”

Ricardo Sergio (E), herói da privatização da Vale e a Telefonia; e Gregório Preciado Marin, herói de outras operações – é a tropa de choque do Serra, aquele do “vote num careca e leve dois”

O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu da amiga navegante Maria:

Maria

E estes fatos improbos postado no Blog Amigos do Presidente Lula, vc leu PHA:

domingo, 3 de janeiro de 2010
O Gregório de José Serra no Reveillon de Trancoso
Getúlio Vargas teve um chefe da segurança pessoal: Gregório Fortunato.

José Serra tem um ex-sócio e compadre: Gregório Preciado.

A semelhança acaba na rima. Se o Gregório de Vargas morreu pobre e na prisão, acusado de mandante no atentado contra Carlos Lacerda, o Gregório do Serra tem usufruído do patrimônio que ostenta e proporciona aos parentes, em lugares paradisíacos como Trancoso (BA), apesar dos escândalos e processo que corre nos tribunais há anos.

Gregório Marin Preciado é um espanhol naturalizado brasileiro, e casado com a prima de José Serra (PSDB/SP), Vicencia Talan Marin. Até aí tudo bem, não fossem os fatos:

- dele estar sendo processado por uma dívida junto ao Banco do Brasil, perdoada irregularmente pela diretoria demo-tucana na época (Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor, ligadíssimo a José Serra);

- por um nebuloso e milionário negócio imobiliário na Ilha do Urubu, em Porto Seguro no governo anterior de Paulo Souto (DEMos/BA);

- pelo consórcio de privatização montado com o mesmo Ricardo Sérgio, levando a Previ, o Banco do Brasil a associarem-se à espanhola Iberdrola, representada por Gregório Preciado, para comprar as empresas estaduais de eletricidade: COELBA (Bahia), a CELPE (Pernambuco) e a COSERN (Rio Grande do Norte);

Em 2002 Preciado já era conhecido pelo patrimônio imobiliário em Trancoso e Porto Seguro, na Bahia, e pelas amizades: família Serra, filho (reconhecido) de FHC, e outros menos famosos.

Coincidentemente, tanto o filho de FHC como a filha de Serra tornaram-se felizes proprietários de casas de luxo na região.

Sua atividade imobiliária famosa mais recente na região envolve o escândalo da Ilha do Urubu em 2006.

Em 2002 o jornal Estado de Minas já publicava (e o Correio Braziliense reproduzia):

Um funcionário de Preciado contou ao Estado de Minas que seu patrão é amigo do ex-ministro da Saúde. “A dona Mônica, mulher do Serra, vem sempre aqui”, relatou… Em outra casa de Preciado, no centro de Porto Seguro, o filho de Serra, Luciano, teria passado o réveillon de 2001 na casa de Preciado.


Agora a família Serra já progrediu e já passa o reveillon na mansão própria da filha em Trancoso (BA), Verônica (a “ronaldinha” de Serra), como aconteceu na virada deste ano.

A amizade de José Serra com Preciado chegou ao limite da irresponsabilidade na década de 1990 (os fatos abaixo estão narrados e documentados na denúncia do Ministério Público Federal:

- Segundo relatório da CPI do Banespa, outro ex-sócio de Serra em empresa de consultoria financeira, Vladimir Antônio Rioli (ex-vice-presidente de operações do Banespa), também beneficiou Gregório Preciato, com um empréstimo de R$ 21 milhões.
Detalhe: O próprio Gregório foi membro do Conselho de Administração do Banespa, de 1983 a 1987 (quando José Serra era secretário de planejamento de governo de São Paulo, na gestão Franco Montoro).

- Em 1993 as firmas GREMAFER e ACETO (de Gregório Preciato), tomam um empréstimo no Banco do Brasil.

Em 1994, a GREMAFER e a ACETO não tinha dinheiro para pagar as dívidas com o Banco do Brasil, mas arranjaram dinheiro para fazer doação de R$ 62.442,82 à campanha de JOSÉ SERRA ao Senado, naquele ano.

- José Serra também teve um terreno no Morumbi (bairro nobre da cidade de São Paulo) em sociedade com Gregório Preciado, comprado em 1981. Venderam o terreno em 25 de abril de 1995, coincidentemente um mês antes do Banco do Brasil pedir o arresto do terreno na justiça para receber a dívida de Gregório Preciado. A decisão foi protocolada na Justiça em 25 de julho, mas resultou nula por causa da venda.

- Os favores a José Serra foram além das doações de campanha: o prédio da GREMAFER (mesma empresa inadimplente no Banco do Brasil) foi comitê de campanha nas eleições de 1994 (ao senado) e 1996 (a prefeito).

- Desde 1993, uma outra empresa de consultoria de José Serra, em sociedade com sua filha Verônica, denominada ACP Analise da Conjuntura Econômica e Perspectivas LTDA, sempre funcionou no prédio da firma GREMAFER (Rua Simão Álvares n. 1.020, São Paulo), de propriedade de Gregório Preciado.

- Após os favores, houve renegociação irregular da dívida, e aconteceu os 2 perdões indevidos no Banco do Brasil: um prejuízo no valor de R$ 73 milhões (em dinheiro da época, sem correção para o valor de hoje), uma parte em 1995, quando José Serra era Ministro do Planejamento de FHC (com influência nas nomeações da diretoria do Banco do Brasil, como de Ricardo Sérgio) e outra em 1998.

Esse “perdão” da dívida virou a ação 2002.34.00.029731-6, movida pelo Ministério Público Federal, em curso no Tribunal Regional Federal da 1a. Região (Distrito Federal).

José Serra passou o reveillon 2009 em Trancoso na casa da filha. Não se sabe se na calada da noite foi estourar um champanha na mansão vizinha da prima e do compadre Gregório.

O que se sabe, pelos processos e escândalos, é o quanto demo-tucanos e suas “amizades” nos custam aos cofres públicos brasileiros.

Aqui, amigo navegante, outro texto interessante sobre esse Trio de Ouro: Serra, Preciado e Ricardo Sérgio:


Sexta-feira, 8 de maio de 2009
SERRA, VOCÊ SE LEMBRA DO MARIN PRECIADO? DO RICARDO SÉRGIO? O CONVERSA AFIADA SE LEMBRA
Li hoje no site “Conversa Afiada”, do jornalista Paulo Henrique Amorim, o seguinte texto:

“O amigo navegante Heber recomendou que fôssemos a este documento.

Trata-se de uma denúncia do Ministério Público que envolve, entre outros, José Serra, Gregório Marin Preciado e Ricardo Sérgio de Oliveira.

Ricardo Sérgio de Oliveira foi caixa de campanha de José Serra e Fernando Henrique Cardoso.

Ricardo Sérgio de Oliveira aparece de forma edificante no grampo da privatização, um momento Péricles de Atenas do governo FHC. Ricardo Sérgio é aquele que diz: “estamos no limite da irresponsabilidade”, e “se der m…”.

Amigo navegante: tenha paciência e leia a denúncia até o fim. Você tomará a barca de Caronte e entrará no Inferno de José Serra.

Para mais detalhes acompanhe a reportagem de Fernando Rodrigues na Folha:

“22/05/2002

PSDB DERRUBA IDA DE RICARDO SÉRGIO A CPI

De Fernando Rodrigues, da Folha de S.Paulo, em Brasília:

“O governo derrubou ontem a convocação de Ricardo Sérgio de Oliveira e de Gregorio Marin Preciado para prestarem depoimento na CPI do Banespa. Os dois estavam convocados formalmente desde o último dia 13 e deveriam comparecer hoje para uma sessão da comissão na Assembléia Legislativa de São Paulo.

No final da tarde de ontem, por orientação do governo, o deputado federal Júlio Semeghini (PSDB-SP), apresentou uma questão de ordem à Mesa Diretora da Câmara propondo a derrubada dos depoimentos.

A decisão foi tomada nos últimos minutos da sessão, por volta das 20h, e foi favorável ao governo. Não havia deputados de oposição em número suficiente para entrar com recurso.

Antes da decisão, o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Magalhães (BA), estava no plenário e se certificou de que o governo venceria. “As convocações não se referiam ao objeto da CPI”, disse o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira (PSDB-SP).

“Além de fora do período de investigação, o fato é irrelevante para o processo de privatização do banco. Não queremos transformar a CPI em debate eleitoral. Faltam quatro meses para as eleições e temos de trabalhar muito”, disse Semeghini.

A CPI foi criada para investigar o período em que o Banespa ficou sob intervenção do Banco Central, a partir de dezembro de 94. Ricardo Sérgio e Gregorio Marin estavam convocados para explicar operações que tiveram com o banco antes de 94.

“Argumentaram que as convocações estão fora do âmbito da CPI, pois as operações seriam de outro período. Não é verdade. Mas é uma demonstração de como o governo teme esses depoimentos. Fizeram uma manobra aos 46 minutos do segundo tempo e ganharam com um gol de mão”, disse o deputado Luiz Antônio Fleury Filho, presidente da CPI do Banespa.

“No início da CPI foi feita uma votação e, por unanimidade, ficou decidido que seriam investigados também os fatos que levaram à intervenção”, diz o relator da comissão, deputado federal Robson Tuma (PFL-SP).

Ricardo Sérgio, ex-arrecadador de fundos para campanhas de José Serra, estava convocado para explicar operações que teria feito em 92 com o Banespa, envolvendo um valor equivalente a US$ 3 milhões. Em 95, documentos relativos a esse caso teriam “desaparecido”, segundo Robson Tuma.

Gregorio Marin foi do Conselho de Administração do Banespa de 83 a 87, com o apoio de José Serra para ocupar o cargo. É casado com uma prima do tucano e foi sócio de Serra num terreno vendido em 95. Teria realizado operações de empréstimos no Banespa que a CPI gostaria de esclarecer.

Na questão de ordem para derrubar os depoimentos, o governo incluiu o pedido de cancelamento da convocação de Vidal dos Santos Rodrigues, Antonio Diamantino Rodrigues, Roberto Visneviski e Ronaldo de Souza.

Todos estariam ligados ao empréstimo de US$ 3 milhões com o qual Ricardo Sérgio estaria relacionado.

Ontem, Ricardo Sérgio também enviou carta à Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, que aprovou convite para que o empresário prestasse depoimento, dizendo que não vai comparecer.

“Por orientação de meus advogados, irei tudo esclarecer, num clima de serenidade, de forma discreta, evitando-se assim repercussões políticas neste período pré-eleitoral”, diz o documento.”

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